A iniciativa de uma professora cristã para ensinar aos alunos que ninguém é perfeito, atributo esse que é exclusivo de Deus, gerou uma enorme polêmica e acusações de proselitismo contra ela por parte de ativistas ateus.
Conhecida como dona Sanromán, a professora usou uma cruz em sala de aula para demonstrar que a perfeição só pode ser encontrada em “nosso Senhor”. Um aluno contou ao pai sobre a matéria e ele, ateu, resolveu agir contra a professora.
O homem recorreu à Associação Americana Humanista (AHA na sigla em inglês), uma entidade ateísta que se dedica a contrapor as instituições religiosas.
A AHA enviou uma carta ao distrito escolar (espécie de diretoria regional de ensino) da cidade de Brownsville, no Texas (EUA) acusando a professora de tentar fazer os alunos prosélitos de sua fé.
“Os alunos não-cristãos e suas famílias não devem se submeter ao proselitismo cristão no que deveria ser uma escola pública secular”, afirmou David Noise, diretor jurídico da AHA, segundo informações do Christian Headlines.
Não se sabe qual atitude será tomada pelos responsáveis pelo distrito escolar, mas manifestações a favor da professora já foram registradas.
A colunista do Christian News, Heather Clark, lamentou que os princípios cristãos foram rompidos nos Estados Unidos: “As coisas estão realmente diferentes agora em comparação com antes, quando foram promulgadas leis que incentivavam as pessoas a aprender a ler com a Bíblia”, pontuou, referindo-se à lei “The Old Deluder Satan Act” (“Ato do velho enganador satanás”, em tradução livre), que exigia o ensino da leitura às crianças para que elas pudessem ler a Bíblia Sagrada e se manter informadas.
Heather lembrou ainda que no século passado, uma cartilha chamada “The New England Primer” (“A cartilha da Nova Inglaterra”, em tradução livre) era usada para a alfabetização e sugeria o uso das Escrituras para essa fase do aprendizado.