A presença da Igreja na sociedade pode ser percebida de várias formas, e muitas delas, equivocadas. Mas uma denominação resolveu fazer-se notada de uma maneira que traduz o conceito de amor ao próximo do Evangelho de forma concreta, literalmente.
A denominação evangélica liderada pela pastora Luciene Lima, em Campo Grande (MS) toca o projeto De Coração, que há três anos contrói ou reforma casas de famílias humildes, de graça, sempre com material doado, e sem fazer distinção religiosa.
Uma das famílias beneficiadas foi a família Trigueiro, que às vésperas do natal do ano passado, perdeu todos os bens materiais em um incêndio. Sem dinheiro para reconstruir ou comprar outra casa, a família foi acolhida por uma vizinha, chamada Fabiana.
Dalva Trigueiro foi entrevistada pelo telejornal MSTV, da TV Morena, e contou que os voluntários da igreja evangélica souberam de seu caso por terceiros, e mesmo não conhecendo ela e sua família, reconstruíram sua casa nesse começo de 2017.
“Colocaram balcão, providenciaram mármore, um fogão novo, os armários. Nossa, é muita emoção”, disse dona Dalva. “Eu queria que todo mundo tivesse essa oportunidade que eu tive, de dignidade, de esperança. Porque são pessoas que, sem nem conhecer a gente, nos ofertaram”, acrescentou, destacando que foi beneficiada inclusive com mobília.
A vizinha que abrigou dona Dalva e família, Fabiana, também se tornou alvo do projeto, e agora está tendo sua casa reformada e ampliada, para que tenha dois quartos, sala, cozinha e banheiro.“Era o que eu precisava. Era o meu sonho ter minha casa reformada. Fiquei muito feliz. Estou ansiosa para ver como vai ficar depois de pronta. Estou muito ansiosa”, comentou a vizinha.
Um dos envolvidos no projeto é o pedreiro André Anjos, que há cinco meses ajuda na prática as famílias que precisam de uma casa: “É muito maravilhoso. Eu sinto uma alegria indescritível de colaborar com esse projeto”, disse ele, visivelmente emocionado.
A pastora Luciene, responsável pela coordenação do projeto, relembrou os primeiros passos da iniciativa e revelou que as doações vêm de diferentes locais: “Eu comecei fazendo quartinho para crianças. Cada vez que fazia uma coisa, ia ficando maior. Eu tenho muitos parceiros. Parceiros que eu até não conheço, que me ligam e falam: pastora, eu tenho tal coisa, um piso. Às vezes nós saímos mais felizes que as pessoas, porque elas ficam chocadas, e não sabem como reagir. Nós saímos chorando”, disse.