A convenção nacional do PSOL autorizou a candidatura do pastor Jefferson Barros a deputado federal e os ativistas gays liderados por Jean Wyllys criticaram a decisão do partido.
Apesar do veto no diretório estadual, a convenção nacional aprovou a candidatura de Jefferson Barros após uma votação que teve apenas três votos favoráveis a mais do que os contrários.
Jefferson Barros se tornou conhecido nacionalmente após Wyllys dizer que poderia desistir da reeleição caso o partido aprovasse sua candidatura, pois o pastor seria um aliado político de Silas Malafaia.
O temor de Wyllys é que com a publicidade de Malafaia no meio evangélico, Barros o supere em número de votos e fique com a segunda vaga fluminense do PSOL na Câmara dos Deputados. Em 2010, Wyllys obteve apenas 13 mil votos e foi eleito graças à votação expressiva de Chico Alencar.
“O veto à pré-candidatura deste cidadão, recentemente filiado ao partido (no dia 9/4/2013, exatamente um dia depois de se desfiliar do PRB) obedece a uma longa lista de motivos de ordem política, ideológica, ética e programática que fazem com que a mera possibilidade de ele ser candidato pelo PSOL seja um verdadeiro escândalo. Para nós do setorial LGBT do PSOL e para todos/as os/as militantes que aderem a esta nota, o veto à candidatura de Barros é um ato de defesa do nosso partido contra a tentativa de infiltração por parte do fundamentalismo homofóbico, já infiltrado na imensa maioria dos partidos da ordem”, disse a nota assinada pela militância homossexual do PSOL, liderada por Wyllys.
Além de Jean Wyllys, outras figuras importantes do PSOL se opuseram à candidatura do pastor, como Chico Alencar e o deputado estadual Marcelo Freixo. A deputada estadual Janira Rocha resolveu apoiá-lo na disputa com os colegas de partido, e saiu vencedora junto com Barros no episódio.