O PSOL anunciou que irá processar o pastor Silas Malafaia por supostamente difundir mentiras contra a legenda e o ex-deputado federal Jean Wyllys nas redes sociais. Além do líder evangélico, estão na mira do partido o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSL) e o cantor Lobão.
Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL, afirmou na última terça-feira, 29 de janeiro, que o partido vai à Justiça contra essas figuras formadoras de opinião. “Quem inventar mentira contra a gente pode preparar o bolso porque vamos processar”, disse o psolista, sem explicar quais seriam as mentiras que teriam sido inventadas contra o ex-deputado, que protocolou a renúncia no mesmo dia.
A fala do presidente do PSOL aconteceu durante um ato em defesa de Jean Wyllys realizado na noite da terça, na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, no centro histórico de São Paulo.
Participaram do evento os candidatos derrotados à presidência Guilherme Boulos (PSOL) e Fernando Haddad (PT), a deputada estadual Manuela d’Ávila (PCdoB-RS), o cartunista Laerte, o cantor Criolo e o escritor Fernando Morais, além de ativistas da causa LGBT.
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, durante o ato foram feitos discursos contra o governo Jair Bolsonaro, pedidos de punição aos assassinos da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de libertação do ex-presidente Lula. “Estamos aqui para dar um recado: eles podem muito mas não podem tudo”, disse Medeiros.
Houve uma confusão durante o evento, com agressões ao deputado estadual eleito Arthur do Val (DEM-SP), do canal Mamãe Falei no YouTube. Ele e quatro aliados foram expulsos do local aos chutes, empurrões e palavrões enquanto gravava vídeos.
A Polícia Militar foi acionada e respondeu ao tumulto, enviando viaturas e aproximadamente 20 policiais ao local. Segundo o tenente Martins, a PM foi acionada via 190 para atender a solicitação de uma pessoa que se dizia impedida de transitar em espaço público, já que os manifestantes haviam fechado uma rua próxima à Faculdade de Direito da USP: “Enquanto houver risco à integridade física de alguém, qualquer cidadão, a PM estará à disposição”, disse o policial.