Um criminoso temido e procurado pela Justiça entregou sua vida a Jesus e decidiu arcar com suas dívidas junto à sociedade como prova de seu arrependimento pela vida que levou no passado. Acompanhado de irmãos na fé, ele procurou a Polícia e se entregou para responder aos crimes cometidos.
“Purê do Araxá” é o apelido pelo qual José Diego Sousa de Lima, 20 anos, era conhecido na cidade de Campina Grande (PB). Ele foi à Delegacia de Polícia acompanhado de um grupo de fiéis e revelou que tinha a intenção de se entregar.
Procurado por suspeita de ter praticado pelo menos três homicídios, além de roubos e envolvimento com o tráfico de drogas, o rapaz pediu que deixasse de ser tratado como “Purê do Araxá”, seu apelido no mundo do crime, porque havia se tornado uma nova pessoa.
“Eu estava dentro dos matos, escutando no rádio o culto da igreja. Aí depois do culto eu mandei chamar o pastor, eu queria me entregar. Estou arrependido de coração. Não tenho medo de morrer. A morte vai vir para todos nós”, disse o criminoso confesso, que criou fama no submundo do crime por ter preferência em atingir suas vítimas na cabeça.
O histórico de crimes remonta 2011, quando tinha apenas 13 anos de idade e já cometia crimes diversos, como invasão de domicílios com ameaça aos moradores. Aos 17 anos, ele e um comparsa assassinaram um adolescente que estava dançando em uma festa com uma mulher por quem “Purê do Araxá” tinha interesse. De acordo com informações do portal OP9, na mesma noite compôs um funk para comemorar o assassinato do rival e fez sucesso entre adolescentes da região.
Já em 2019, ele se tornou suspeito de ser o assassino do ex-presidiário Romário Domingos da Rocha, o Romarinho, no dia 01 de fevereiro, no bairro Araxá. A vítima morreu com três tiros na cabeça, mas Lima negou ser autor do crime, e afirmou que estava portando a arma do crime porque “o boy que matou ele que me deu”.
Além desses casos, “Purê” também é acusado pelas mortes de Alisson Clemente do Santos, no dia 27 de novembro de 2017, e Mateus Vieira da Silva, no dia 8 de janeiro deste ano. Há ainda suspeitas de crimes cometidos por ele em bairros vizinhos, todos na zona norte de Campina Grande.
Quando se entregou, Lima vestia um casaco preto para encobrir suas tatuagens e só aceitou ser fotografado com a Bíblia Sagrada que ganhou dos evangélicos que o acompanharam.