A polêmica denominação evangélica de Westboro voltou a chamar atenção com manifestações sobre a morte das 50 pessoas na boate gay Pulse, em Orlando, Flórida (EUA), dizendo que o atentado foi uma obra divina contra os “pecadores”.
A Igreja Batista de Westboro, conhecida por suas inúmeras manifestações de intolerância contra tudo e todos que não sigam sua cartilha, mantém um site com mensagens contundentes contra homossexuais, e o anúncio de que seus fiéis iriam a Orlando protestar contra as vítimas do atentado, levou ativistas LGBT a pedirem proteção policial.
“Deus mandou o atirador para #Pulse em Orlando”, publicou a denominação em sua conta no Twitter, em uma espécie de comemoração ao atentado terrorista de Omar Mateen.
Outras denominações de postura ultraconservadora também se manifestaram sobre o ataque apontando que as lamentáveis mortes eram apenas consequência dos pecados dos frequentadores da boate.
O pastor Roger Jimenez, da Verity Baptist Church, comemorou a tragédia durante seu sermão no último domingo, 12 de junho: “Vocês estão tristes porque 50 pedófilos foram mortos hoje? Eu acho que foi fantástico! Eu acho que isso ajuda a sociedade. Eu acho que Orlando, Flórida, está um pouco mais segura hoje”, afirmou.
Steven Anderson, líder da Baptist Faithful Word, disse que a morte das pessoas na boate foi apenas uma antecipação do futuro: “Eu não estou triste com isso, eu não vou chorar, porque essas 50 pessoas baleadas no bar gay iriam morrer de AIDS, de sífilis ou de outras coisas”, declarou.
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, outro que comentou o atentado de forma pouco convencional foi o evangelista e técnico de futebol colegial Dave Daubenmire, que acredita que esse episódio seja parte de uma estratégia para aprovar o controle de armas nos Estados Unidos: “O demônio está disposto a sacrificar alguns dos seus para chegar a nossos grandes jogadores”, afirmou no programa Pass the Salt.