A influência do pensamento progressista na Califórnia (EUA) é tão intensa que os legisladores do estado acabam de aprovar uma resolução que, na prática, atribui às pessoas religiosas a responsabilidade pelo aumento do suicídio entre homossexuais.
Os parlamentares aprovaram o texto que tenta obrigar as comunidades religiosas do estado a apoiar plenamente os indivíduos LGBT. Essa medida trata-se de um cerceamento à liberdade religiosa, já que praticamente força as pessoas de fé a se conformarem com o pensamento progressista.
Segundo informações do portal Christian Headlines, os parlamentares chegaram a culpar os religiosos por muitos dos problemas enfrentados por aqueles que vivem hoje na comunidade LGBT – incluindo o suicídio.
A resolução, que passou recentemente pela assembleia da Califórnia, diz que “o Legislativo apela a todos os californianos para que aceitem os benefícios individuais e sociais da aceitação da família e da comunidade” das pessoas LGBT.
O documento, de maneira franca, alega que as pessoas de fé contribuem para o aumento das taxas de suicídio registrado na comunidade formada por pessoas com sexualidade diversa: “O estigma associado a ser LGBT, muitas vezes criado por grupos da sociedade, incluindo terapeutas e grupos religiosos, causou taxas desproporcionalmente altas de suicídio, tentativa de suicídio, depressão, rejeição e isolamento entre LGBT e questionamento de indivíduos…” diz o projeto.
Assim, com essa afirmação apresentada como fato, o Legislativo da Califórnia está efetivamente buscando forçar as pessoas religiosas a concordarem e apoiarem a comunidade LGBT, mesmo que tenham fortes convicções pessoais que as afastariam desse estilo de vida.
O jornalista Glenn Stanton publicou artigo no portal The Federalist, avaliando que nem tudo são más notícias no contexto desse episódio, já que a ação política é meramente uma resolução, não sendo juridicamente vinculativa. Na prática, trata-se de um manifesto ativista.
Isso, no entanto, sinaliza uma séria mudança para o policiamento dos sistemas de crenças que são mantidos por milhões de americanos: “Eles não poderiam criminalizá-lo, mas eles poderiam destruir sua reputação e sua vida”, comentou Glenn ao observar que a resolução “lubrificará as derrapagens para que ela se torne lei aplicável”.
Além disso, para ser claro, não há evidências sólidas para apoiar a ideia de que grupos religiosos não-afirmadores sejam uma causa direta de suicídio na comunidade LGBT, destacou Glenn: “Simplesmente, qualquer um que faça a alegação de respostas familiares e o ensino religioso causa suicídio, faz falta de qualquer prova científica”.