O pastor Rick Warren vem recebendo severas críticas por causa de uma manifestação pública de respeito pelo cantor inglês Elton John e sua atuação em defesa de mais políticas públicas de combate às doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Durante a audiência de uma subcomissão do Senado dos Estados Unidos, na semana passada, Warren cumprimentou Elton John por seu trabalho humanitário ao redor do mundo, e afirmou que se eles se beijassem, esse seria “o beijo ouvido por todo o mundo”.
A fala do pastor, simbólica, tinha a intenção de destacar o absurdo em que pessoas de países subdesenvolvidos vivem, expostos à calamidade de doenças, fome e desemprego. Warren e sua megaigreja, Saddleback, mantém trabalhos sociais em países africanos, oferecendo assistência médica, alimentar e espiritual.
Porém, a fala descontraída do pastor foi entendida de forma pejorativa por parte da comunidade cristã nos Estados Unidos: “Essa era a oportunidade perfeita para amorosamente e gentilmente dizer que não só Elton John, mas todos do Congresso que não nascerem de novo vão morrer e ir para o inferno… Mas em vez disso, ele segura as mãos de um homem gay e faz piadas sobre a beijá-lo. Era uma piada, certo?”, criticou o blogueiro Geoffrey Gridey.
“Um homem de Deus se envolver com um sodomita declarado do jeito que Warren fez é tão abominável quando o que Elton John faz e defende [homossexualidade]. Em vez de confrontá-lo, Warren parecia oferecer-se a ele na frente de todos”, disparou Tim Brown, do Freedom Outpost.
Alheio às críticas por seu gesto, Warren afirmou que é necessário que o governo e instituições como a Igreja juntem forças para vencer situações de calamidade, não só nos Estados Unidos, mas em todo o mundo: “Todo mundo tem um papel diferente a desempenhar. O papel da Igreja não é o governo, e o papel do governo não é a igreja. Mas em questões de saúde e em questões de educação e em questões de desenvolvimento, você pode atacar junto. Como eu disse, eu achei que era mais fácil trabalhar com governos no exterior”, explicou.