As discussões políticas para um ataque conjunto contra o Estado Islâmico vêm se alongando há bastante tempo, enquanto os terroristas continuam a praticar atrocidades. Inquieto, o presidente da Rússia deu sinais de que poderá empreender sua própria campanha militar caso os Estados Unidos não cheguem a um acordo sobre o tema.
De acordo com informações da agência Bloomberg, a Rússia já teria aumentado seu efetivo militar na Síria, além de aumentar o fornecimento de armas ao exército do país, ainda comandado pelo presidente Bashar al-Assad, antigo aliado dos russos.
Fontes ouvidas pela agência Reuters disseram que por parte da Rússia há a expectativa de que um acordo internacional para combater o Estado Islâmico seja fechado em breve, iniciando assim uma ação que ponha fim à guerra civil na Síria, que já dura cinco anos.
O presidente Putin teria preferência por uma ação conjunta com os Estados Unidos e seus aliados, com comando dos norte-americanos em parceria com a Rússia, Irã e a própria Síria.
No entanto, ciente de que essas negociações podem encontrar obstáculos, o presidente teria solicitado aos militares de seu país que criassem uma “pista paralela” de ação, que envolvesse os ataques ao Estado Islâmico e um compromisso de transição política que culmine com a saída do presidente Assad. Esse ponto é uma das principais exigências dos Estados Unidos.
A demora da resposta dos Estados Unidos à proposta feita pela Rússia estaria deixando Putin frustrado e decidido a agir sozinho para combater o Estado Islâmico, caso fosse necessário, de acordo com a fonte da agência de informações.
A guerra civil na Síria surgiu na onda de manifestações chamada de “Primavera Árabe”. Milhões de pessoas foram às ruas pedir a queda de Assad, há décadas no poder. Os protestos geraram enorme tensão política, o que permitiu o crescimento do Estado Islâmico, que atualmente domina grandes áreas no interior do país.