Um evento com pregação do pastor Franklin Graham na Inglaterra em 2018 foi sabotado pelo Conselho da cidade, que proibiu anúncios nos ônibus locais. Agora, os conselheiros pagaram uma indenização e se desculparam publicamente.
A Associação Evangelística Billy Graham (BGEA, na sigla em inglês) procurou a Justiça do Reino Unido após o Conselho da cidade de Blackpool (espécie de Câmara Municipal) remover os anúncios de uma cruzada evangelística dos ônibus locais.
O argumento do Conselho e da empresa de transportes era que a postura do pastor Franklin Graham a respeito da sexualidade seria homofóbica. A medida foi adotada após pressão da militância LGBT.
Junto com a emissão de um pedido de desculpas na semana passada por retirar os anúncios porque se opunham às visões conservadoras da BGEA sobre questões LGBT, o Conselho de Blackpool também concordou em pagar indenização de mais de US$ 150 mil (R$ 783 mil na cotação atual).
A conselheira Lynn Williams, chefe do Conselho de Blackpool, explicou no pedido de desculpas que admite “que os anúncios não eram em si ofensivos”.
“Além disso, aceitamos que, ao remover os anúncios, não levamos em consideração o fato de que isso poderia ofender outros membros do público e sugerimos que algumas vozes não deveriam ser ouvidas”, acrescentou.
“Pedimos sinceras desculpas aos organizadores do evento pelo transtorno causado […] Aprendemos com essa experiência. Estamos empenhados em garantir igualdade de acesso e oportunidades para a população de Blackpool e fornecer e melhorar serviços de qualidade para todos”, enfatizou o comunicado.
A conselheira Lynn Williams também afirmou que o governo local “agora introduziu políticas claras e transparentes que garantirão a não repetição de eventos como esses”.
Vitória da liberdade religiosa
Como parte do acordo judicial, o Conselho pagará à Associação Evangelística Billy Graham cerca de US$ 115.700 para cobrir impostos e custos legais e mais de US$ 34.400 em danos de “justa satisfação”.
“Este é um momento importante para a liberdade religiosa no Reino Unido”, disse o presidente da BGEA, pastor Franklin Graham.
“Somos gratos a Deus pelo resultado final deste caso e pelo que isso significará para as igrejas e cristãos em todo o Reino Unido nos próximos anos”, acrescentou, segundo informações do portal The Christian Post.