O fracasso espiritual de muitas igrejas pode estar atrelado à busca por fama, apego ao dinheiro e ao lucro, na visão do pastor Saeed Abedini, iraniano naturalizado norte-americano que obteve sua libertação da prisão no começo deste ano.
Em uma reflexão publicada em sua página no Facebook, ele lamentou que a busca por lucros e fama esteja sobrepondo o amor a Deus em muitas igrejas ao redor do mundo.
“A Bíblia nos diz que alguns têm servido outros senhores em toda a sua vida. Estes podem ser pais, o trabalho, a igreja, pastores ou ministérios. Pode até ser o seu país, como alguém que se compromete com alguns políticos”, comentou o pastor. “Eu vi muitas pessoas que têm seus ‘senhores’ em qualquer uma ou todas essas áreas da vida. Por quê? A Bíblia nos diz que isso acontece na busca pelo lucro”, pontuou.
Abedini criticou ainda a transformação do ambiente religioso em mercado, disputado por lideranças religiosas: “Este mesmo espírito ainda está trabalhando, especialmente entre os cristãos nos Estados Unidos, dos quais muitos estão em busca de lucro. Nós vemos as pessoas se tornando famosas e também perdendo tudo por causa disso. Muitos ministérios existem para isso e também são destruídos por isso. A competição é uma forma de negócio, lucro nas igrejas e ministérios em todos os lugares”, lamentou.
De acordo com informações do Christian Post, Abedini citou as passagens bíblicas de Atos 16 e Tiago 4, chamando atenção dos cristãos para que não concentrem suas energias simplesmente no lucro, e lamentou que muitas pessoas, de muitas igrejas, em muitos países, seguem ventos de doutrina por causa do amor ao dinheiro.
“Eles dizem que certa pessoa é incrível e, no dia seguinte, eles dizem que a mesma pessoa é terrível. Então vemos brigas e conflitos e destruição por toda parte”, exemplificou.
Abedini já havia feito críticas aos pastores que só se preocupam em ver suas igrejas numericamente maiores, sem dar a atenção devida à questão espiritual: “Depois de estar longe dos EUA por quatro anos na prisão, gastando milhares de horas de oração, vejo que mais cristãos parecem prontos para entrar no avivamento, mas nem todos os pastores e líderes”, constatou.