A história bíblica sobre o guerreiro judeu Sansão é vista por pesquisadores como comprovada através da arqueologia, conforme um professor que se dedica ao estudo do tema.
Tom Meyer, professor que leciona no Colégio Bíblico e Escola de Pós-Graduação Shasta no estado de Califórnia (EUA), relatou três descobertas arqueológicas que provam a veracidade histórica de Sansão e dos eventos do Antigo Testamento.
Muitos pesquisadores direcionam seus trabalhos arqueológicos a partir da Bíblia Sagrada por entenderem que o Antigo Testamento é um relato histórico do povo hebreu, assim como da vida e morte de Jesus Cristo no Novo Testamento.
A partir disso, evidências científicas vêm sendo encontradas e funcionam como atestado das histórias bíblicas.
Tom Meyer declarou que as descobertas “nos ajudam a medir a exatidão histórica do homem bíblico Sansão”, que tem como um dos destaque a situação em que ele encontrou um leão e o despedaçou com as próprias mãos.
Esse relato é exatamente o que os cientistas encontraram retratado em um pequeno selo de pedra descoberto em 2012. O selo, do século 12 a.C., retrata um homem forte desarmado contra um leão.
“O pequeno selo, de apenas 15 milímetros de diâmetro, foi encontrado na cidade de Beth-shemesh, Israel, próxima da que é descrita na Bíblia como a cidade natal de Sansão, Zorah, e a uma curta caminhada de Timnath, o lugar onde Sansão matou o leão”, disse Meyer, segundo o jornal Daily Express.
Uma segunda história que atrai a dedicação dos pesquisadores é o momento em que ele teve seu cabelo cortado por Dalila e se tornou prisioneiro dos filisteus, inimigos de Israel. A captura do guerreiro judeu virou motivo de festa para os governantes filisteus, que ordenaram a Sansão que os entretivesse.
Durante a celebração realizada no telhado plano do templo, que era sustentado por pilares de cedro, Sansão fez sua última luta contra os inimigos de Israel: “Balançando furiosamente para frente e para trás os pilares de cedro que sustentavam o telhado, Sansão quebrou os pilares e o telhado ruiu, matando Sansão e todos os filisteus presentes”, recapitulou o acadêmico.
Escavações arqueológicas de 1971-1974 em Tel Qasile, ao norte de Tel Aviv, Israel, desenterraram um templo do século XII a.C. que poderia ter sido o próprio templo onde Sansão morreu.
Contudo, Meyer – que ficou conhecido como o Homem da Memória Bíblica pela sua notável capacidade de recitar mais de 20 livros bíblicos – esclareceu que ainda é incerto se o templo em Tel Quasile foi o que Sansão derrubou, pois “cada templo filisteu escavado em Israel tem um plano arquitetônico semelhante”.
Por fim, a terceira descoberta é uma sinagoga do século V d.C., encontrada em 2011 na cidade de Hukkok. Seu piso em mosaico retrata duas cenas da vida de Sansão contadas pela Bíblia.
“A primeira é o relato de Sansão pegando trezentas raposas, amarrando suas caudas com uma corda e depois amarrando tochas acesas às cordas e soltando as raposas para destruir toda a colheita primaveril dos filisteus. O outro mosaico retrata Sansão carregando as portas de Gaza para uma colina perto da cidade bíblica de Hebron”, finalizou o especialista.