Uma Organização Não-Governamental (ONG) do Peru, liderada por uma ativista social cristã, está se esforçando para que autoridades intervenham e proíbam a seita religiosa King Of Salem de tatuar crianças com o número 666.
King Of Salem é o novo nome da seita Crescendo em Graça, criada pelo líder religioso autointitulado “Jesus Cristo Homem”, o já falecido José Luis de Jesús Miranda.
A denúncia feita pela ONG foi veiculada pelo programa Reporte Semanal, do canal Latina, de Lima, capital do país. Os seguidores da seita, agora renomeada, continuariam levando seus filhos com idades a partir dos cinco anos para serem tatuados com o número 666 a pedido dos líderes da religião.
Veronica Pachas, enfermeira e diretora da ONG, há sete anos luta contra a seita para que as práticas deixem de ser feitas com crianças. Outro objetivo é forçar a religião a sair do país, segundo declarações dela ao programa de TV.
A seita prega que o número 666, atribuído por muitos à besta do Apocalipse, seria na verdade um símbolo de prosperidade e as tatuagens expressariam sua devoção ao “papito”, termo usado para se referir a Miranda, o fundador da crença.
Entre os fiéis, há que opte por tatuar a sigla SSS (Salvo, Sempre Salvo), que seria uma saudação a Miranda, encarado por seus seguidores como uma divindade. Atualmente, a seita é dirigida pela viúva do autointitulado “Jesus Cristo Homem”, que agora se define como o “arcanjo Miguel”.
Uma das principais reclamações da diretora da ONG é que a tatuagem causa dor às crianças, que são forçadas pelos pais a fazer a marcação na pele, e terão que conviver com as inscrições pelo resto de suas vidas.
Assista à reportagem (em espanhol) da emissora peruana sobre a denúncia feita pela cristã Verônica Pachas contra a seita King of Salem (antiga Crescendo em Graça):