Diferentemente de outros países do mundo, o Brasil possui uma Constituição Federal alicerçada na fé em Deus. Esse foi um dos destaques da série de reportagens do Jornal Nacional, onde a liberdade religiosa como “um direito garantido a todos os brasileiros” foi comentada.
Já houve um período em que o governo brasileiro tinha uma religião oficial, no caso a católica. Atualmente, contudo, o nosso regime político é laico, o que significa que todas as religiões podem coexistir em território nacional, não havendo qualquer preferência do Estado entre elas.
Para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso, a liberdade religiosa garantida pela Constituição é fundamental, tendo em vista que todas as escolhas devem ser respeitadas.
“A religião é uma característica que não define as pessoas. O que define as pessoas é o seu caráter, é a sua integridade, é a sua competência”, declarou o ministro. “O caminho que cada um percorre é uma escolha individual. Tem gente que medita, tem gente que vai à igreja… A gente deve respeitar as opções de todos.”
Símbolos religiosos
Quem também comentou o tema da liberdade religiosa à luz da Constituição Federal foi o pastor Ed René Kivitz. Para o líder religioso que nos últimos meses vêm protagonizando polêmicas em relação aos ensinamentos históricos da Bíblia Sagrada, a interpretação do sagrado é questão de “experiência individual”.
“A experiência de fé é uma experiência a partir da consciência livre, a partir da escolha. É uma experiência individual. Se nós não respeitarmos os símbolos da fé alheia, não podemos esperar que a nossa fé e os nossos símbolos sejam igualmente respeitados”, declarou o pastor, segundo o G1.
“Talvez dentro do protestantismo, poucos símbolos tenham tanto valor, quanto a Bíblia Sagrada, porque representa não outra coisa, senão a palavra de Deus”, Concluiu o pastor batista.