Os protestos sociais realizados em todo o Brasil nas últimas semanas resultaram numa movimentação política que inclui parlamentares, governadores, ministros e a própria presidente Dilma Rousseff.
Entre as principais ações governamentais em resposta às manifestações populares, o Senado aprovou uma lei que classifica a corrupção como crime hediondo, e a presidente Dilma convocou políticos e partidos para planejar uma Reforma Política através de plebiscito.
Essa opção não agradou à maioria dos partidos de oposição, pois no plebiscito, o povo decidirá, por exemplo qual modelo de eleições escolher. O temor é que pela falta de profundo conhecimento sobre o tema por parte da população, é possível que não sejam mudadas muitas regras em vigor atualmente.
A proposta da oposição é que o governo e o Congresso discutam uma reforma política e a submeta à aprovação do povo num referendo, pois dessa forma, supõe-se que as mudanças sejam mais profundas e positivas.
O pastor Silas Malafaia criticou a escolha do governo pelo modelo de plebiscito, dizendo que a opção foi feita para “desviar o foco dos problemas”. Segundo o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), essa estratégia atende apenas aos interesses dos políticos.
“É incrível a capacidade dos governantes tentarem desviar o foco dos problemas graves do Brasil para um tema que o povo pouco domina. É de uma insensatez, para não dizer ‘cara de pau’, tratar de um tema que só interessa aos políticos e principalmente ao governo, para tentar desviar a atenção da sociedade de assuntos mais sérios que afligem a população”, escreveu.
Malafaia diz que Dilma Rousseff deveria se concentrar na melhoria da eficiência do governo e no fim da corrupção: “Fala para a presidente que a reforma política que o povo quer é menos roubalheira, burocracia e muito mais eficiência e competência para governar. Quem vai comandar o plebiscito sobre a reforma política? Os políticos! O que o povo entende disso? Absolutamente nada! É uma vergonha! É uma afronta a inteligência de qualquer um!”, contestou.
O pastor chamou atenção ainda à necessidade de uma Reforma Tributária para melhorar as condições de vida da população: “Avisa à presidente que a reforma que o país precisa é a tributária, mas essa ela não quer porque vai perder poder […] O povo quer menos roubalheira e burocracia e muito mais eficiência e competência para governar”, disse Malafaia.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+