Schejne María Laskier de Rus, sobrevivente da tragédia do Holocausto, desafiou o presidente Mahmoud Ahmadinejad, que discursa para o mundo inteiro que o Holocausto nunca existiu:
“Se eu, que saí praticamente dos fornos dos campos de concentração, me encontrasse com Ahmadinejad, pediria para que ele negasse na minha cara que o Holocausto não existiu. Estive em frente aos fornos, faltou pouco para que me queimassem e me matassem”, declarou Schejne.
Quanto à visita de Ahmadinejad ao Brasil para participar do evento Rio+20, ela disse que “não poderia expressar com palavras o repúdio. Mas acontece que o ódio não entra na minha vida. Não sinto ódio, não sinto nada mais que uma grande dor por existirem personagens como esse senhor, esse tipo, porque não é um senhor pra mim, que não reconhece o Holocausto”.
Nesses momentos, ela se recorda dos dias vividos nos campos de concentração de Auschwitz-Birkenau: “Eu pisei na terra onde seria encurralada, despida e considerada indigna. Eu pisei em Birkenau”, disse Schejne, que nasceu na Polônia em 1927, viveu com seus pais em Lodz, estudou na escola e aprendeu a tocar violino, até que em 1939 os nazistas chegaram à sua cidade.
A presença de Mahmoud Ahmadinejad no Brasil desperta várias reações e críticas no mundo inteiro, já que o líder islâmico nega veementemente que o Holocausto, que ocorreu antes do próprio diplomata iraniano ter nascido, tenha existido.
Fonte: Gospel+