Um dado alarmante sobre o número de leitores da Bíblia Sagrada nos Estados Unidos fez a Sociedade Bíblica Americana acender uma luz de alerta a respeito do cenário atual da sociedade no país.
Uma “queda sem precedentes” foi registrada nos dados expostos no relatório de um estudo realizado anualmente pela Sociedade Bíblica Americana (ABS, na sigla em inglês). Foram ouvidas 2.598 pessoas adultas ao longo do mês de janeiro deste ano.
A queda vertiginosa no número de leitores exposta pelo relatório do estudo “State of the Bible 2022” representa uma redução de dezenas de milhões de pessoas. Após uma alta em 2014, quando 53% dos entrevistados se diziam leitores, em 2022 esse número foi de apenas 39%.
Ao longo dos anos seguintes ao ápice da série de estudos em 2014, o número de leitores oscilou entre 48% e 51%. Em 2021, por exemplo, esse número foi de 50%. Os dados de 2022 indicam, em uma projeção sobre o total da população dos Estados Unidos, que o número de leitores caiu de 128 milhões no ano passado para 103 milhões neste ano.
De acordo com informações do portal The Christian Post, o grupo identificado como “leitores da Bíblia” é formado tanto por pessoas que leem a Bíblia fora da igreja entre três ou quatro vezes por ano, quanto por aqueles que são leitores assíduos, com consultas ao texto entre quatro e seis vezes por semana.
O estudo revelou que 10% dos adultos americanos usam a Bíblia diariamente, enquanto 4% a usam de quatro a seis vezes por semana, 7% a consultam duas a três vezes por semana, 5% a leem uma vez por semana e 7% a leem uma vez por mês.
Mais da metade (60%) dos americanos usa a Bíblia menos de três a quatro vezes por ano. Uma enorme e plural quantidade de entrevistados (40%) nunca leu a Bíblia por conta própria, enquanto 12% a lê menos de uma vez por ano e 8% a lê uma ou duas vezes por ano.
O relatório “State of the Bible” também demonstra o que a ABS descreve como uma “grande diminuição no envolvimento com as Escrituras”, que é definida como “interação consistente com a Bíblia que molda as escolhas das pessoas e transforma seus relacionamentos com Deus, consigo mesmo e com os outros”.
O número estimado de americanos engajados nas Escrituras caiu de 64 milhões em 2021 para 49 milhões em 2022. Ao mesmo tempo, o número estimado de americanos indiferentes à Bíblia aumentou de 100 milhões no ano passado para 145 milhões este ano.
A pesquisa também perguntou sobre os hábitos de leitura da Bíblia dos entrevistados. A esmagadora maioria (78%) dos entrevistados indicou que sua leitura da Bíblia “permaneceu a mesma” no ano passado, pois 13% relataram um aumento na leitura da Bíblia e os 10% restantes indicaram uma diminuição na leitura da Bíblia.
Quando perguntados “como você acha que nosso país seria sem a Bíblia”, referindo-se especificamente a um cenário hipotético em que “ninguém lê a Bíblia”, 45% dos entrevistados indicou que achava que os EUA seriam “piores”. Um dado preocupante, já que ano passado 54% dos entrevistados acreditavam que o país estaria “pior” sem a Bíblia.