Outros três templos da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola foram fechados pela Procuradoria-Geral da República do país. A decisão é um desdobramento da investigação sobre as acusações de crimes como lavagem de dinheiro e evasão de divisas contra pastores brasileiros da instituição.
Os três templos fechados pela PGR angolana estão situados na província de Uíge. De acordo com informações do portal Jornal de Angola, procuradores da PGR e agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC) colocaram faixas em todas as portas que dão acesso aos templos, assim como imóveis anexos.
Os procuradores também orientaram os pastores e demais membros da congregação que não removessem os lacres das portas, sob pena de cometerem crime de desobediência. Antes dessa ofensiva, a Justiça angolana já havia, em setembro, decretado o fechamento de quatro templos da Igreja Universal.
A agência Lusa reportou que a ordem do Ministério Público do país é que todos os templos da instituição em Angola sejam fechados, com esse processo ocorrendo “de forma gradual”.
O pastor Humberto de Almeida, um dos rebeldes, afirmou que os fechamentos recentes ocorrem como cumprimento de ordem da Justiça angolana e são consequência da disputa interna que culminou com a criação da chamada “Comissão de Reforma” da Universal em Angola.
“O conflito interno na IURD já foi ultrapassado, com a criação da Comissão de Reforma. Esperamos celeridade da Justiça, para que os templos sejam reabertos e voltarem aos cultos, com vista à pacificação dos espíritos de muitas famílias que tanto precisam de serviços divinos”, declarou.
A Universal está sendo acusada pelo Ministério Público de praticar delitos como “associação criminosa, fraude fiscal, exportação ilícita de capitais, abuso de confiança e outros atos ilegais”.
Ao mesmo tempo, desde o fim de 2019, pastores angolanos da instituição têm tomado controle de templos no país, rompendo com a sede no Brasil, culminando com um episódio de violência e vandalismo que totalizou 50 templos sob controle dos pastores rebeldes.