O testemunho de Melissa Davert é o tipo de história que nos faz pensar sobre a importância e o sentido da vida, mesmo nas condições mais difíceis. Sua vida desafia a racionalidade da ciência e comprova para o mundo o quanto a fé em Deus é capaz de nos fazer superar limites, mesmo quando tudo ao seu redor disser o contrário.
Melissa nasceu em Bay City, Michigan, nos Estados Unidos, sendo uma das sete crianças de uma família fiel a Jesus Cristo. Ela possui uma deficiência rara conhecida como osteogênese imperfeita ou doença dos ossos quebradiços.
Desde muito pequena, no entanto, sua condição física não foi motivo para limitações emocionais, pois seus pais lhe ensinaram a ser confiante e não medir suas capacidades baseando-se em padrões, mas principalmente a compreender que nada escapa aos planos de Deus e que para a sua vida também havia um propósito.
“Se eu começasse a me sentir triste ou triste ou com pena de mim, meus pais diriam: ‘Olha, há uma razão e um propósito para sua deficiência’”, disse ela em um vídeo publicado em sua conta no Facebook. ”Você pode não saber o que é agora, mas você vai um dia. Você só precisa ter fé e confiança em Deus e em Seu plano.’”, diziam os pais dela.
A condição de saúde de Melissa é tão grave que os médicos, assim que ela nasceu, não acreditavam que ela poderia conseguir sentar, por conta da fragilidade dos seus ossos. Além disso, sua doença resulta em articulações soltas, perda auditiva, problemas cardíacos e respiratórios.
Superação extraordinária
Nada indicava que Melissa conseguiria sobreviver por muito tempo, mas rapidamente ela deu sinais de que estava disposta à superar seus desafios, quando utilizou pela primeira vez um skate para se locomover, antes mesmo de ganhar sua primeira cadeira de rodas.
“Meus pais não definiram nenhum limite para mim e eu também não estabeleci nenhum limite. Toda a minha família fez com que eu crescesse autodeterminada, sem sentir pena de mim mesma, com um bom senso de humor e grande fé”, disse ela no vídeo.
Sua maior experiência com Deus veio em um momento de dor. “Uma noite eu tive um osso quebrado e estava deitado na cama e orei a Deus, ‘por favor ajude-o a ficar melhor’. De manhã estava melhor. Foi muito melhor. A partir daí percebi que Ele está aqui comigo. Os tempos serão difíceis, mas Ele estará aqui comigo”, destaca.
Desde então Deus realmente esteve presente na vida de Melissa, porque ela conseguiu se formar na Bay City Central High School e depois entrar na Northwood University, onde se graduou em Administração de Empresas.
Melissa se dedicou a defender os direitos das pessoas deficientes, se tornando diretora do Center for Independent Living em Midland, onde ficou por 10 anos. Durante esse período ela também apresentava um programa de TV local para tratar desses assuntos, quando conheceu o seu futuro pretendente, Ken, em 1992.
Uma gravidez surpreendente
Melissa e Ken se casaram. Ele nasceu com paralisia cerebral e os dois não imaginavam que poderiam ter filhos, até ela ficar grávida pela primeira vez. No entanto, houve um aborto espontâneo na 12ª semana de gestação.
“Na segunda vez descobrimos que teríamos gêmeos”, disse Melissa, contrariando todas as expectativas da medicina. Como alguém com apenas 89 centímetros (menos de um metro) de altura, com uma doença rara de grande risco, poderia gerar em seu ventre duas crianças ao mesmo tempo?
Os médicos disseram que Melissa deveria abortar, pois temiam que seu coração e pulmão não suportassem. Eles acreditavam que seu tórax seria comprimido pela gestação. Além disso, eles disseram que a chance dos gêmeos nascerem com a mesma deficiência que ela era muito alta. Melissa, no entanto, pensou diferente.
“Não só era horrível pensar que tomaríamos uma decisão como essa… era um insulto para mim tomar uma decisão baseada em saber se um ou outro tinha uma deficiência porque eu tive a deficiência toda a minha vida e eu não trocaria minha vida com ninguém”, disse Melissa.
Melissa e Ken recusaram a proposta de abortar e decidiram procurar um médico pró-vida no Covenant Health Care em Saginaw, em Michigan, encontrando o Dr. Daniel Wechter. Ele confirmou que seus filhos nasceriam com a mesma deficiência, mas o casal decidiu continuar com a gestação, pois a mãe pensou: “Quem mais cuidaria melhor deles do que eu?”
A continuidade do propósito por gerações
Os filhos de Melissa e Ken nasceram com 32ª semanas de gestação. “Foi a maior alegria que já senti, sabendo que eles estavam no meu ventre e então eles estavam aqui, para começar a vida”, disse Melissa.
Os dois filhos de Melissa também entraram na faculdade. Michaela faz marketing e Austin gestão de informação em saúde, ambos na Universidade de Davenport. “Somos tão abençoados. Não tenha pena de nós. Nós temos uma vida boa. Toda vida é importante”, disse Ken, o pai dos garotos.
“Somos gratos pelas coisas que o Senhor nos deu”, conclui Ken, segundo informações do God Reports.
O testemunho de Melissa e Ken é um entre milhares que demonstram o quanto Deus enxerga valores e propósitos muito além do que nós idealizamos. Certamente os pais de Melissa não imaginavam que ela um dia iria se formar, casar e ter gêmeos. A medicina também não, mas Deus sabia, e hoje a sua história de fé e superação circula o mundo inteiro.