O acordo de paz promovido pelo governo colombiano com o grupo terrorista chamado Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), em 24 de novembro de 2016, não eliminou a atividade dos guerrilheiros que por décadas mantiveram seus ideais comunistas sustentados com o dinheiro do tráfico de cocaína e sequestro de pessoas.
Houve, na verdade, um deslocamento da atividade dos ex-membros das FARC, que saídos dos esconderijos no meio da selva, passaram a atuar em pequenas comunidades rurais, distantes da fiscalização do governo.
Misturados entre os civis, em geral pessoas pobres e carentes de proteção, os traficantes usam o poder de intimidação e a violência para inibir qualquer açhão capaz de ameaçar seus ideais de controle, e uma delas é o evangelismo promovido pelos cristãos.
Recentemente, por exemplo, o pastor Leider Molina, de apenas 24 anos, foi assassinado com cinco tiros após sair de uma igreja no município de Caucasia, região rural no estado de Antioquia, na Colômbia.
O pastor tinha uma vida voltada para Deus. Ainda muito jovem, não era casado e seu único compromisso era pregar o Evangelho. Como a conversão dos jovens a Cristo transforma, fazendo-os sair do tráfico e abandonar a guerrilha, os traficantes não querem a presença dos pastores em “seus” territórios.
O pastor Molina foi morto na mesma região onde o também pastor Galarza foi morto, em setembro do ano passado, em frente à sua família, segundo o Black Christian News. Este é o segundo caso em menos de um ano.
Apesar das ameaças, muitos cristãos decidiram permanecer no local. Eles esperam a intervenção do governo, mas também porque acreditam no poder de transformação do Evangelho, suficiente para impactar a vida dos traficantes, que podem ser alcançados.