Em 26 de setembro de 2016 foi assinado um acordo de paz entre o Governo colombiano e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), na intenção de por fim a um conflito que já durava meio século de história. Oficialmente, para o mundo a paz teria início naquele momento, mas segundo informações da organização Portas Abertas os conflitos continuaram e os cristãos sofrem cada vez mais com a perseguição em seu país.
A Portas Abertas é uma organização internacional que monitora os índices de perseguição religiosa em diversos países, através de analistas que, presente nesses países, tomam conhecimento do contexto político, econômico e histórico, entre outros.
Segundo a organização, os pontos acordados entre o Governo colombiano e as FARC, um grupo de guerrilheiros regidos pela ideologia de esquerda e que fez do tráfico de drogas e do sequestro sua principal fonte de renda e barganhas políticas, não estão sendo cumpridos.
Conflitos militares continuam existindo em várias regiões, houve aumento no cultivo de coca, planta base para a produção da cocaína e a perseguição religiosa ao cristãos também cresceu.
Os cristãos são mais perseguidos nas zonas ruais, principalmente os líderes, por serem capazes de influenciar a população. Pelo fato dos guerrilheiros terem obtido o status de partido político, eles agora atuam com mais liberdade, pressionando a população e exigindo o cumprimento das suas pautas, entre elas muitas que contrariam os princípios cristãos.
Previsão confirmada
Antes do acordo de paz se assinado, em 2016, o Governo colombiano fez um plebiscito para consultar a população. A maioria votou que não aceitaria um acordo com as FARC, já que 82% da população os consideram criminosos. Apenas 13% dos cidadãos consideram seus ideais “revolucionários”, segundo a Portas Abertas.
Além dos crimes praticados, como sequestros, atentados, assassinatos e o tráfico de drogas, a população onde 46 milhões professam o cristianismo rejeita às políticas de esquerda das FARC, entre elas a imposição da ideologia de gênero.
“Seria absolutamente incorreto concluir que os colombianos votaram contra a paz. Nenhuma pessoa razoável seria contra a paz. O que os colombianos fizeram foi rejeitar, por exemplo, a inclusão da ideologia de gênero, mencionada 117 vezes no acordo final, com formulações bastante ambíguas”, disse um colaborador da Portas Abertas que atua no país. “O acordo também não oferecia garantia alguma de que o tráfico de drogas cessaria definitivamente”.
Mesmo assim, o acordo posteriormente foi revisto e aprovado. A Colômbia então procurou omitir quaisquer notícias negativas sobre ele, tentando passar a imagem de que o acordo foi um sucesso. A população, no entanto, sabe que a realidade é bem diferente.
A Portas Abertas denuncia que atualmente os antigos guerrilheiros atuam disfarçados, usando roupas diferentes, muito embora a população saiba reconhecê-los. Ela pede que os cristãos orem pelos colombianos, para que se sintam encorajados e fortalecidos para suportar a situação de crise e perseguição do seu país. Com informações: Guiame.