Ao contrário do socialista Nicolás Maduro, ditador que tenta manter o controle político da Venezuela por via do autoritarismo, o presidente interino do país, Juan Guaidó, apoiado pelo povo e amplamente reconhecido pela comunidade internacional, destacou o papel importante das igrejas na ajuda humanitária ao país.
A Venezuela vivencia a pior crise da sua história, sob vários aspectos, político, econômico e humanitário. Como resultado, a população sofre com a astronômica inflação, que desvalorizou sua moeda e fez sumir dos mercados produtos básicos para o consumo humano.
Do simples papel higiênico até remédios vitais faltam no país, ou são muito caros para se adquirir, inviabilizando a sobrevivência da maioria da população, que por conta disso vem procurando refúgio em outros países como o Brasil.
A Organização das Nações Unidas estima que mais de 2 milhões de pessoas já fugiram da ditadura venezuelana. Esse número, todavia, pode ser muito maior.
Ajuda humanitária das igrejas
Juan Guaidó disse que às igrejas possuem um papel importante ao colaborar para a distribuição de suprimentos no país, junto com outras organizações não governamentais, algo fundamental nesse momento de transição.
“Esse é um tema que leva muito tempo de preparação, de importantes alianças com as ONGs, as igrejas, a sociedade civil, os militares e a comunidade internacional, e que hoje, graças ao apoio de todos, é um fato”, disse ele em um vídeo publicado nas redes sociais.
Recentemente os Estados Unidos enviou toneladas de ajuda humanitária para os venezuelanos, mas Nicolás Maduro, com o apoio de militares fiéis ao seu regime, bloqueou as rodovias de acesso ao país, impedindo que o carregamento chegasse à população.
Guaidó visa adquirir mais apoio para desbloquear o acesso dessas vias, e a adesão dos militares nesse caso seria decisiva, não apenas para o transporte do carregamento, mas para a queda definitiva de Maduro, que perderia sua única base de sustentação nesse momento.
“A fase de distribuição será um trabalho em conjunto com igrejas, ONGs, voluntários e outros aliados para distribuir a ajuda de forma transparente e eficaz. Essa ajuda será permanente através de um corredor humanitário”, disse Guaidó, segundo o G1 e Guiame.