Em uma entrevista concedida a coluna de opinião da CBN News, a The Brody File, o então candidato a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a igreja evangélica precisa de mais poder, e que os pastores e ministros devem falar sem medo.
Na ocasião em que a entrevista foi veiculada, em fevereiro desse ano, Trump era só um candidato, conhecido por declarações polêmicas, aparecendo sempre atrás da sua principal rival política, a também candidata Hillary Clinton.
Suas palavras, então, naquela ocasião, vieram à tona novamente, pois com sua surpreendente vitória ao posto máximo da Casa Branca, Trump desperta o temor na ala “progressista” por um governo nitidamente conservador, ameaçando, portanto, as pautas liberais que obtiveram avanço sob a gestão dos democratas.
“Eu quero que os pastores possam falar. Eles têm medo de falar agora, tem medo de se envolver na política e assim perder a isenção de impostos, mas eu quero que os pastores falem”, afirmou Donald Trump durante a entrevista.
O novo Presidente americano se refere à Emenda Johnson, que alterou o código tributário norte-americano para que organizações isentas de impostos, a exemplo das igrejas, não possam se manifestar, contra ou a favor, sobre temas políticos. A instituição que infringir esta lei pode ser obrigada a perder o benefício da isenção.
Na prática, o que está em jogo são temas sensíveis à população, como aborto, descriminalização das drogas, casamento gay, porte de armas, liberdade de expressão. Temas estes que, segundo a lei atual, não podem ser abordados “politicamente” dentro das igrejas. Com base nisso, Trump declarou:
“O projeto de lei que foi aprovado durante a era Lyndon Johnson é horrível, porque eu vejo igrejas onde eles estão com medo de serem francos, porque não querem perder a isenção de impostos e percebo que isso é um dos problemas.”
Com declarações como essa, Trump aparenta ser um defensor da liberdade religiosa. Todavia, o receio de muitos é de que tal liberdade não exista para todas as religiões, a exemplo do islamismo naquele país.
O fato é que as medidas tomadas nos Estados Unidos quer no campo político como no religioso, afetam o mundo inteiro, pois se trata de um país que muito além de ser a principal engrenagem financeira do mundo, é também um exportador cultural.
Até que ponto as declarações de Donald Trump serão convertidas na prática e como isso vai repercutir no mundo, não sabemos, teremos que aguardar e torcer, especialmente após termos constatado que as especulações da mídia nem sempre refletem a realidade.
Mas uma coisa podemos afirmar: Trump demonstrou ter personalidade suficiente para lidar com toda crítica e avalanche de previsões negativas sobre sua candidatura, e começará 2017 como o homem mais poderoso do planeta. Portanto, se boa gestão for sinônimo de reviravolta, Trump já começou muito bem.
Abraço e até a próxima!
Com informações: CBN News e The Brody File