O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou alguns nomes para sua equipe de transição, que trabalhará nos próximos dois meses com o staff de Barack Obama a fim de conhecer a estrutura do governo, e entre os escolhidos está um evangélico.
Ken Blackwell é um ex-secretário do estado de Ohio e pesquisador do instituto Family Research Council, uma organização que atua na defesa dos valores da família tradicional, contra o aborto e pornografia.
Segundo informações do jornal O Globo, Blackwell incomodou ativistas gays dos Estados Unidos nos últimos anos, por causa de suas opiniões fortes sobre o assunto e postura firme no enfrentamento da militância LGBT, que assim como no Brasil, busca privilégios.
“Acho que a homossexualidade é um estilo de vida. É uma escolha, e este estilo pode ser mudado. Acho que é uma transgressão contra a vontade de Deus. Acredito que fazemos boas e más decisões em termos de estilo de vida. A genética de uma pessoa pode torná-la mais propensa a provocar incêndios ou ser cleptomaníaca. Se acho que isto pode ser mudado? Sim”, declarou Blackwell, em certa ocasião.
Durante a campanha que elegeu Donald Trump, ele afirmou que pessoas do mesmo sexo “desafiam a lógica”, pois não permitem à natureza seguir seu curso natural, com reprodução e perpetuação da espécie.
Racismo
A proximidade de Trump com Blackwell e sua escolha por nomeá-lo para a equipe de transição faz recair dúvidas sobre o argumento usado pelos os eleitores democratas, que acusaram o presidente eleito de ser racista durante a campanha.
Parte da mídia norte-americana chamou atenção para este fato, visto que a equipe de transiçao, nesse momento, é o foco da política no país, pois ajudará o sucessor de Obama a definir sua atuação logo no início do mandato.