Uganda, país situado no parte Ocidental da África, aprovou uma lei radical contra quem se declara e pratica a homossexualidade, sendo identificado, portanto, como membro da comunidade LGBT+. De acordo com a medida, até mesmo a pena de morte poderá ser decretada em caso de condenação.
A lei já havia sido fortemente criticada pela comunidade internacional, inclusive pelo Papa Francisco, líder mundial da Igreja Católica Romana, durante uma declaração feita no começo deste ano.
Com a medida, fica proibido o “recrutamento, promoção e financiamento” de “atividades” entre pessoas do mesmo sexo. Apenas dois parlamentares da Uganda, entre os 389 do Parlamento, votaram contra a proposta.
“Uma pessoa que comete o delito de homossexualidade agravada é passível de condenação à morte”, afirma a lei aprovada no país, contrariando os apelos internacionais, inclusive do líder católico.
“Normalizar desvios”
No mês passado, o presidente de Uganda Yoweri Museveni já havia se manifestado criticamente contra os países ocidentais que segundo ele estariam querendo “normalizar desvios”.
“Os países ocidentais devem parar de desperdiçar o tempo da humanidade tentando impor suas práticas a outras pessoas. Homossexuais são desvios do normal. Por que? Precisamos de uma opinião médica sobre isso”, afirmou o mandatário durante um discurso, segundo a Veja.
Há dois meses, parecendo ciente da lei em tramitação em Uganda, o Papa Francisco reagiu à criminalização da homossexualidade, explicando que “ser homossexual não é crime, mas é um pecado”.
O líder católico lembrou que a Bíblia condena o homossexualismo, mas que isso deve ser encarado pela perspectiva teológica e não jurídica, tendo em vista que o cristianismo defende a liberdade de escolha dos seres humanos.
“Isso não está certo. Pessoas com tendências homossexuais são filhos de Deus. Deus as ama. Deus as acompanha… condenar uma pessoa assim é um pecado. Criminalizar pessoas com tendências homossexuais é uma injustiça”, afirmou Francisco. Confira:
“Ser homossexual não é crime, mas é um pecado”, diz Papa Francisco