Na China comunista, a ditadura persegue, tortura e prende qualquer pessoa acusada pelo regime de ser uma “ameaça” ao governo. Entre os alvos de maior repercussão internacional está o pastor Alimujiang Yimiti, de origem uigure, uma minoria populacional de maioria muçulmana.
O pastor Alim, como é mais conhecido, se converteu a Jesus Cristo em 1995, e desde então passou a sua vida se dedicando ao evangelho, desenvolvendo um trabalho evangelístico principalmente na região de Kashgar, em Xinjiang.
A partir de 2007, no entanto, o pastor Alim passou a ser acusado pela ditadura comunista de “fornecer ilegalmente segredos de Estado a organizações estrangeiras”, sendo classificado como uma ameaça ao governo da China.
Até então, o mundo não tinha pleno conhecimento da perseguição chinesa ao povo uigure, algo que só se tornou mais claro quando veio à tona uma relatório da Comissão de Direitos Humanos da ONU, em 2022, apontando uma série de violações do governo chinês contra essa minoria.
Condenação e libertação
A perseguição ao povo uigure, no entanto, ganhou projeção internacional com a prisão do pastor Ali, em 2009, após ele ter sido condenado a 15 anos de prisão pelo Tribunal Intermediário de Kashgar.
Felizmente, agora, segundo informações da organização de vigilância religiosa A Voz dos Mártires, o pastor Alim obteve a liberdade após uma década e meia na prisão, podendo retornar para a sua família.
“Estima-se que 1 a 3 milhões de uigures foram detidos em campos de concentração desde 2016”, disse Ryan Foley, um jornalista do Christian Post que conheceu de perto o cenário de perseguição chinesa ao povo uigure.
Conforme notícia do GospelMais, um relatório do Newlines Institute for Strategy and Policy foi além, acusando a China de cometer assassinato em massa contra essa minoria. O governo chinês, diz o documento, “tem a responsabilidade de estado por um genocídio em curso contra os uigures em violação da Convenção de Genocídio (ONU)”.