A Igreja Universal do Reino de Deus sofreu uma tentativa de assalto em uma de suas filiais, e segundo investigações preliminares, dois fiéis teriam participado da ação fornecendo informações aos quatro criminosos. O crime, que foi frustrado, pretendia levar $ 13 milhões dos cofres do templo.
O caso foi registrado na cidade de Kilamba, vizinha a Luanda, capital de Angola. O montante, na moeda local, Kwanza, é o equivalente a R$ 200 mil. A Polícia, agora, está investigando o crime e já teria descoberto que dois fiéis da Universal teriam fornecido informações para os criminosos sobre a grande quantidade de dinheiro guardada na tesouraria do templo.
O porta-voz do Ministério do Interior, Mateus Rodrigues, concedeu uma entrevista coletiva e informou que os quatro suspeitos pelo crime já tem passagem pela Polícia. “Para o crime, os acusados usaram uma arma de fogo do tipo AKM, cano serrado, e uma viatura de marca Hyundai Tucson. Importa frisar que o roubo contou com a participação de dois obreiros da Igreja Universal que forneceram informações sobre a existência e movimentação de valores”, afirmou.
Segundo Rodrigues, “diligências prosseguem para a captura dos prófugos”, que conseguiram escapar após a tentativa frustrada do assalto, segundo informações do portal angolano Nova Africa.
Outro integrante do governo, Francisco Castro Maria, diretor do Instituto para os Assuntos Religiosos do Ministério da Cultura, criticou a Igreja Universal por manter uma soma milionária nos cofres do templo: “É mais seguro, mais prático e viável guardar o dinheiro no banco, sobretudo uma soma como esta de 13 milhões de kwanzas, é muito dinheiro”.
“Manter esse valor dentro do templo, por mais segurança que exista, há sempre um risco. Não só o risco do roubo, como de qualquer outro incidente que possa vir a acontecer”, salientou Castro Maria.
Em entrevista ao jornal O País, Francisco Castro Maria acusou a denominação de imprudência na administração dos dízimos e ofertas: “Esses valores, acredito, são um esforço titânico dos fiéis e membros desta igreja que têm estado a contribuir para os projetos e ações da própria igreja. E guardar no interior da igreja é um risco autêntico. Não obedece a normas modernas de conservação e manutenção do próprio dinheiro. O lugar ideal seria no banco”, reiterou.