Após a vitória do prefeito Marcelo Crivella (PRB) contra o segundo processo de impeachment aberto contra ele na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a Igreja Universal do Reino de Deus se manifestou em defesa de seu bispo licenciado e fez ataques ao Grupo Globo.
Na última terça-feira, 25 de junho, a maioria dos vereadores rejeitaram a cassação de Crivella. O placar foi de 35 votos contra o afastamento, e apenas 13 a favor. O prefeito era investigado por supostas irregularidades em contratos de publicidade da cidade.
“Após as investigações, a comissão processante concluiu que Crivella não cometeu nenhum crime. Assim, os vereadores do Rio de Janeiro votaram, em sua maioria, pelo prosseguimento do trabalho de Crivella”, diz uma publicação no site da Universal.
A denominação liderada pelo bispo Edir Macedo, tio de Crivella, pontuou que o foco de oposição ao trabalho do prefeito vem dos partidos de esquerda, como PSOL e PT, além de parlamentares do MDB, PSC, PDT e PSDB.
“Os vereadores que votaram contra Crivella sabem que ele não cometeu nenhuma irregularidade”, garante a nota da Universal, reiterando que “o processo deixou claro que Crivella não cometeu irregularidade alguma”.
Nos bastidores da política da Cidade Maravilhosa, há rumores de que um terceiro pedido de impeachment será apresentado ainda esse ano. “Entre os vereadores da esquerda carioca há o plano de tentar o impeachment mais uma vez ao final de 2019. Evidentemente, essa atitude visa ganhar popularidade nas eleições municipais de 2020”, acusa a Universal.
Por fim, a denominação neopentecostal sugere que a motivação dos oposicionistas do prefeito seja alimentada pelo grupo de comunicação da família Marinho, grande rival da igreja e da emissora de Edir Macedo: “Talvez a grande campanha que a imprensa e a esquerda fazem contra o prefeito envolva outras questões. Por exemplo, o corte de envio de dinheiro para o grupo Globo, que controla parte da mídia no Rio de Janeiro”, pontua.
“Em gestões anteriores, chegou-se a enviar R$ 25 milhões às empresas dos Marinho, em nome de publicidade. Dez vezes mais do que a todas as outras emissoras de televisão juntas. Os prefeitos que fizeram isso foram condenados por improbidade administrativa após deixarem o cargo, mas não sofreram processos de impeachment durante a gestão”, conclui a matéria da Universal.