A tentativa de assassinato do líder da Igreja Mundial, Valdemiro Santiago, ainda está dando muito o que falar. Após receber alta do hospital, onde precisou levar 25 pontos no pescoço devido a dois golpes de facão, o “apóstolo” comentou a declaração do médico que lhe socorreu e afirmou que era para ter morrido.
No vídeo gravado ao lado da esposa, a Bispa Franciléia, Valdemiro disse: “Era para eu ter morrido. O doutor falou comigo: você nasceu de novo”.
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Esta semana outra declaração tem chamado atenção da mídia, dita na mesma ocasião do vídeo citado, que é sobre supostos milagres ocorridos com membros da sua igreja ao terem contato com sua camisa ensanguentada; “Até a camisa que ficou ensanguentada Deus usou para curar pessoas da igreja, né… e através do manto que foi passado a camisa”, afirmou Valdemiro”. Clique aqui para saber mais.
Motivado pelo caso, o Pastor, escritor e conferencista internacional Renato Vargens publicou em seu blog uma nota em que refuta teologicamente a ideia de que objetos possam ser “ungidos” e usados para curar pessoas, especificando seis (06) motivos principais, dos quais ilustramos apenas dois:
03 – “Embora Deus tenha curado inúmeras pessoas através dos lenços e aventais de Paulo, conforme é mencionado no capítulo 19 de Atos, em todo o Novo Testamento não encontramos nenhuma permissão ou ordem nas Escrituras “ensinando ou orientando a prática de distribuição de objetos ungidos. Ademais, vale a pena ressaltar que do ponto de vista hermenêutico não devemos elaborar ou instituir doutrinas em textos isolados, o que é o caso de Atos 19.”
04 – “Em Atos 19, vemos que os lenços foram levados aos enfermos e não vendidos ou comercializados, isto é, não existiu o comércio dos lenços ou dos aventais ungidos, como acontece nos dias de hoje, mesmo porque, a prática da simonia era fortemente rechaçada pelos apóstolos e igreja.”
Valdemiro Santiago recebeu alta e segue em recuperação, enquanto o seu agressor, Jonatan Gomes Higino que estava detido no 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, foi conduzido para o Fórum Criminal da Barra Funda na zona Oeste de São Paulo para aguardar julgamento.
Segundo o UOL, a defesa de Higino pretende alegar insanidade mental. “Ele tem claros problemas psicológicos e precisa ser acompanhado por profissionais”, afirmou o advogado Sindbab Thadeu Focaccia em publicação no portal de notícias.