Um veículo diplomático do Vaticano foi apreendido pela Polícia Alfandegária da França por carregar 4 Kg de cocaína e 200 gramas de maconha. A apreensão aconteceu em um pedágio na cidade de Chambéry, região dos Alpes franceses.
No momento da abordagem, dois italianos ocupavam o carro, que pertence ao cardeal argentino Jorge Maria Mejía, de 91 anos, que é bibliotecário emérito do Vaticano. Antes de sua “aposentadoria”, Mejía era o responsável pelos arquivos secretos da Igreja Católica.
O Vaticano confirmou que um de seus veículos foi apreendido pela polícia francesa por transportar drogas, mas ressaltou que nenhum de seus funcionários ou membro está envolvido no caso diretamente.
De acordo com informações da BBC, como os dois italianos que estavam no veículo não possuem passaporte diplomático do Vaticano, não há nenhuma evidência que aponte para um envolvimento da instituição no tráfico de drogas.
A apreensão das drogas aconteceu no último domingo, 14 de setembro, mas o caso só foi noticiado na última terça-feira (16), por uma rádio francesa. De acordo com a emissora RTL, as primeiras informações levantadas pelos investigadores mostram que o cardeal Mejía havia enviado o carro para revisão alguns dias antes.
Os investigadores da Polícia Judiciária da Lyon, encarregados pelo Ministério Público de Chambéry, acreditam que os italianos presos teriam se aproveitado do fato de ser um carro diplomático do Vaticano para ir até à Espanha comprar as drogas e revendê-las na França, acreditando que a Polícia não suspeitaria de um veículo da Santa Sé.
Recorrência
Esse não é o primeiro incidente envolvendo o Vaticano com drogas. Em janeiro deste ano, a alfândega da Alemanha interceptou um pacote destinado à sede da Igreja Católica com 14 preservativos cheios de cocaína.
À época, o caso foi divulgado pelo jornal Bild, que informou que o pacote tinha 340 gramas de cocaína pura, no valor de € 40 mil, procedente de um país da América do Sul. As investigações do caso não puderam descobrir o destinatário da droga.