Em meio a um segundo pedido de impeachment na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) foi comparado a Jesus Cristo por um vereador ligado à Igreja Universal.
A afirmação do parlamentar Inaldo Silva (PRB) se deu em oposição às críticas feitas ao prefeito por conta do caos que a cidade vive devido às fortes chuvas. Em seu discurso, o vereador comparou as adversidades pelo qual o gestor passa ao sofrimento de Jesus Cristo.
“O senhor, prefeito, ainda há de fazer a maior gestão desta cidade. O senhor tem sido Cristo, a bola da vez que foi selecionada para apanhar. Me choca ver pessoas que já fizeram parte do governo usando esta tribuna para denegrir a imagem do governo”, declarou o vereador, respondendo a um discurso da vereadora Teresa Bergher (PSDB), ex-secretária de Assistência Social, que afirmou que Crivella deveria pedir desculpas às famílias atingidas pelas chuvas.
Silva, que é bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, assim como Crivella, também disparou contra a imprensa carioca: “Hoje, os jornais falam da ciclovia da Avenida Niemeyer. Mas, em nenhum momento, citam o ex-prefeito (Eduardo Paes), responsável pela construção, e nem o ex-secretário de Obras (Alexandre Pinto). O prefeito peitou a Linha Amarela, mas veio a Justiça e cancelou. E não vi nenhuma emissora de TV defender o povo. Mas na hora da chuva é Crivella, Crivella, Crivella… Ninguém fala dos outros prefeitos”, reclamou.
De acordo com informações do jornal O Globo, outros cinco vereadores usaram a tribuna para criticar o prefeito carioca: “Claro que o Crivella não é culpado pela chuva que cai, mas pela falta de ação, sim, ele é culpado. Todos os centros de previsões apontavam a iminência de uma chuva muito forte”, argumentou Brizola Neto (PSOL).
Outro vereador de oposição, Renato Cinco (PSOL), afirmou que não vê nas ruas “a mobilização que seria necessária, por parte do poder público, para dar uma resposta ao temporal”.
Já Teresa Bergher (PSDB) subiu o tom, dizendo que “se não fosse a omissão da prefeitura, talvez vidas que se foram por conta das chuvas poderiam ter sido poupadas”.