O general Antonio Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro, possui relações com a maçonaria que são de conhecimento público. Em cima disso, o candidato opositor Cabo Daciolo (Patriota) vem divulgando vídeos com críticas à escolha do deputado federal.
Em setembro de 2017, durante um evento em uma Loja Maçônica em Brasília, o general Mourão afirmou que o Brasil precisava corrigir os erros que vinham se tornando públicos, e acrescentou que as instituições da República precisavam cumprir seus papéis no combate a corrupção.
“Ou as instituições solucionam o problema político retirando da vida pública os elementos envolvido em todos os ilícitos ou então nós teremos que impor uma solução […] Os Poderes terão que buscar uma solução. Se não conseguirem, temos que impor uma solução. E essa imposição não será fácil. Ela trará problemas. Pode ter certeza”, disse Mourão na ocasião, durante evento realizado pela maçonaria, segundo o portal Poder 360.
Não são poucas as lideranças políticas que possuem ligação com a maçonaria no Brasil, além de militares de alta patente e até pastores evangélicos, apesar do estigma que paira sobre a entidade.
Mais recentemente, no dia 10 de setembro, Mourão foi recepcionado ao som da Canção do Exército no Palácio do Lavradio, no Rio de Janeiro, para uma palestra organizada pela Academia Maçônica de Estudos, segundo informações do site do Grande Oriente do Brasil (GOB).
A proximidade de Mourão com os integrantes da maçonaria no Brasil foi comentada pelo candidato Cabo Daciolo em sua página no Facebook: “Repreendemos em nome do Senhor Jesus Cristo. O vídeo abaixo mostra a participação do General Mourão, candidato a vice na chapa de Bolsonaro, numa cerimônia realizada no Palácio Maçônico do Lavradio, Rio de Janeiro. É uma cena transparente que diz muito sobre em que campo é travada a nossa batalha”, escreveu Daciolo.
“É um tipo de aliança que retrata como o poder das trevas insiste em manter em suas mãos as rédeas da administração do país. Convém que se diga também que o próprio Bolsonaro frequenta lojas maçônicas, o que já o desqualifica para essa batalha que se dá no campo espiritual. Nossa luta é contra as potestades do mal”, acrescentou Daciolo.
Em outro vídeo, publicado na última semana, Daciolo fez ponderações a respeito do adversário no pleito: “Ele é um dos poucos parlamentares com quem converso no parlamento”, disse. “O problema é com quem Bolsonaro passou a andar […] Mourão é um maçom declarado, por isso me preocupo e oro pelo irmão Bolsonaro. O povo tá morrendo, sofrendo, porque a maçonaria prega o que está oculto”, afirmou Daciolo.