Uma parcela significativa dos jovens vem abandonando a fé e a tradição religiosa de suas famílias por discordarem da visão bíblica em relação à homossexualidade, entre outros motivos. Uma pesquisa recente revelou que esses jovens “deixaram de acreditar nos ensinamentos”.
A informação foi revelada pelo Public Religion Research Institute (PRRI, na sigla em inglês), que constatou que um a cada quatro jovens com idades entre 18 a 29 anos – a chamada Geração Y – rejeitam a religião.
Nos Estados Unidos, que já foi tratado como a maior nação cristã do planeta, atualmente 25% da população se diz sem filiação a nenhuma religião, segundo informações do portal Christian Post.
No público com idades entre 30 a 49 anos, o número de pessoas que diz ter abandonado a fé é de 29%. O relatório mostra que, conforme a idade sobre, diminui o percentual de não-religiosos, o que é uma demonstração clara do processo de secularização da sociedade nos últimos 20 anos.
Entre as pessoas com idades de 50 a 64 anos o percentual de não-religiosos é de 17%, enquanto que acima dos 65 anos, esse número cai para 13%. “Uma razão importante pela qual o número de não-filiados a religiões está registrando taxas de aumento é porque os americanos mais jovens criados em lares não-religiosos são menos propensos a participar de uma tradição religiosa ou denominação do que os adultos jovens em épocas anteriores”, explicaram os pesquisadores.
A maior parte (60%) dos entrevistados que disseram estar deixando a religião afirmaram que simplesmente deixaram de acreditar nos ensinamentos; Outros 32% alegaram que sua família nunca foi muito religiosa; enquanto 29% apontaram especificamente “os ensinamentos religiosos negativos sobre gays e lésbicas” como culpados por seu distanciamento.
Aprofundando esse último quesito, os pesquisadores descobriram que 39% dos jovens entre 18 a 29 anos estavam “cerca de três vezes mais propensos que os idosos – pessoas com 65 anos ou mais (12%) a afirmar que os ensinamentos religiosos sobre a homossexualidade foram a principal razão para deixar a fé que desenvolviam desde a infância”.