O velório do jornalista Ricardo Boechat foi marcado por muitas manifestações de admiração pelo profissional e pela pessoa que ele era. Sua viúva, Veruska Seibel Boechat, comentou que o marido era ateu, mas praticava o principal mandamento bíblico: amar ao próximo.
Boechat faleceu em um acidente aéreo na última segunda-feira, 11 de fevereiro, quando o helicóptero em que viajava de Campinas para São Paulo precisou fazer um pouso de emergência na rodovia Anhanguera, na Região Metropolitana da capital.
“Meu marido era o ateu que mais praticava o mandamento mais importante de todos, que era o amor ao próximo, porque sempre se preocupou com todo mundo, sempre teve coragem. E é muito difícil fazer o que ele sempre tentou fazer. Então, com erros e acertos, como qualquer pessoa, mas tenho muito orgulho dele”, disse Veruska.
Um dos que compareceram ao velório foi o jornalista Augusto Nunes, comentarista da rádio Jovem Pan e colunista da revista Veja. Ele corroborou a fala da viúva e destacou a generosidade do amigo: “O Boechat, por trás daquele mau humor folclórico dele – a gente brincava muito com isso -, sempre foi um amigo incondicional e muito generoso. Pouca gente sabe que o Boechat ajudou tanta gente. Amigos iam pro apartamento dele e não pagavam nada. Você tava sem dinheiro, ele emprestava”.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), enalteceu a postura adotada pelo jornalista ao longo da vida: “O Boechat foi meu amigo durante os últimos 40 anos. […] Eu o conheci no Jornal do Brasil. O jornalismo perde uma referência, pela grandeza com que conduziu seu trabalho, com amor e compaixão, e com muita isenção também”.
De acordo com informações do portal G1, o corpo de Boechat começou a ser velado no final da noite de segunda-feira no Museu da Imagem e do Som (MIS), nos bairro Jardins, em São Paulo. O velório foi aberto ao público até 14h00 da última terça, e em seguida, houve uma cerimônia fechada para familiares e amigos próximos, que acompanharam sua cremação.