Uma viúva de pastor – que tirou a própria vida após acusações de abuso sexual infantil – veio a público desabafar sobre o impacto de tudo que ocorreu à sua família ao longo dos últimos meses, e foi enfática ao afirmar que “o pecado destrói”.
Rachel Booker, viúva de Jarret Booker, usou as redes sociais para desabafar suas emoções em torno da trágica morte do marido, que atuava como pastor de jovens da Igreja Batista Nashua, no estado de New Hampshire (EUA).
“As últimas duas semanas foram uma mistura de emoções, que ainda gira violentamente a cada passo. O pecado é sombrio e destrói. Nós odiamos isso, estamos tristes e continuamos a orar por todos aqueles que foram feridos”, declarou Rachel.
Jarret Booker, 37 anos, cometeu suicídio em 27 de novembro, dois dias após ter sido demitido pela congregação após ser acusado de, supostamente, abusar sexualmente de menores. O caso vinha sendo investigado pela Polícia.
“JB tinha seus demônios, não vou fingir que não. Suas escolhas causaram danos. A dura verdade que estou aprendendo é que há perguntas para ele que ficarão sem respostas durante minha vida. Mas vou me apegar à esperança do Evangelho e seguir em frente com a igreja, a família e os amigos que não saíram do nosso lado durante nada disso”, acrescentou a viúva.
De acordo com informações do portal The Christian Post, Rachel citou Efésios 2:4-6 para lembrar que todas as pessoas estão sujeitas à influência do pecado: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, quando ainda estávamos mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo – pela graça vocês foram salvos – e nos ressuscitou com Ele e nos fez assentar com ele nos lugares celestiais em Cristo Jesus”.
A Igreja Batista Nashua, onde Booker serviu no ministério e adoração juvenil, divulgou um comunicado em 29 de novembro, dois dias após sua morte. Os presbíteros e diáconos da igreja descreveram a situação como imensamente complexa e dolorosa. Condenaram todas as formas de abuso, reafirmando o seu compromisso com a transparência e o apoio às vítimas.
A igreja demitiu o pastor Booker em 25 de novembro, após uma revisão interna que revelou evidências de má conduta. Esta revisão interna foi motivada por “acusações críveis” de abuso sexual contra menores, que resultaram em uma investigação criminal.
O Departamento de Polícia de Nashua, por meio do sargento John Cinelli confirmou a investigação em andamento sobre os supostos crimes de Booker.
A igreja inicialmente reteve detalhes das acusações para preservar a integridade do processo legal, mas posteriormente, informou a sua congregação e comprometeu-se a partilhar informações pertinentes assim que estivessem disponíveis.
Jarret Booker, que estava na igreja há quase uma década, trabalhava em estreita colaboração com adolescentes e liderava o culto musical. De acordo com seu obituário, ele era um filho adotivo que foi criado por seus pais desde os 18 meses e deixou os pais, a esposa, um filho e demais familiares.