Um crime bárbaro contra os cristãos, ocorrido no Mali, o sétimo maior país da África, parece ter sido abafado pela grande mídia nos últimos dias. Mais de 100 seguidores de Jesus Cristo foram assassinados, supostamente por um grupo da etnia Fulani, praticantes do islamismo.
O massacre aos cristãos ocorreu na aldeia étnica Dogon, em Sobane, na região central de Mopti , no Mali. Testemunhas locais disseram que um grupo de pelo menos 50 homens cercou o local, munidos de veículos e armas de fogo.
A agência de notícias internacional France 24 informou que 95 pessoas morreram. Autoridades encontraram diversos corpos carbonizados no local. Após a visita do presidente do Mali, Ibrahim Boubakar Keita, junto com o arcebispo de Bamako, uma testemunha informou que todos os mortos eram cristãos.
Também de acordo com uma fonte ligada à Igreja Católica local, o número exato de mortos é 105. A quantidade de mortos é tão absurda que chama atenção como algo terrível dessa natureza não estampou às principais manchetes de jornais em todo o mundo.
“Todas as vítimas do horror e da barbárie nos lembram da responsabilidade que nos cabe como líderes para reforçar e acelerar os esforços políticos, econômicos e de segurança para a paz e a reconciliação”, declarou o primeiro-ministro Boubou Cisse, que visitou a vila e prestou homenagem às “vítimas inocentes da discórdia e do ódio”.
A região é marcada por confrontos étnicos, os quais também envolvem disputas por terras. Todavia, o contexto religioso impera na motivação dos ataques contra os cristãos, conforme a indicação de inúmeros outros da mesma natureza em países como Nigéria e Níger, onde radicais da etnia Fulani e do grupo Boko Haram são apontados como os principais responsáveis.
“Cerca de 50 homens fortemente armados chegaram com picapes e motocicletas e, primeiramente, cercaram o vilarejo e depois atacaram. Todos que tentaram escapar foram mortos. Ninguém foi poupado – mulheres, crianças, idosos”, disse outra testemunha.