Os jogos de azar não serão legalizados no Brasil se a decisão passar pela bancada evangélica no Congresso Nacional. A declaração foi dada pelo pastor Silas Câmara (Republicanos-AM), atual presidente da frente de parlamentares evangélicos.
“O nome já diz: jogos atraem azar para a nação, além de ser em abominação aos olhos do Senhor nosso Deus”, declarou Câmara. “Todas as bandeiras da Frente [Parlamentar Evangélica] são pró-vida, família, princípios cristãos, e contra vício, drogas, aborto, suicídio, automutilação. Tudo o que te falei tem a ver com jogos de azar”, acrescentou o pastor.
De acordo com informações da Folhapress, Câmara vê os jogos de azar como um veículo de destruição: “Eles primeiro tiram o que a pessoa tem de luxo na mesa. Ela comia arroz, feijão, bife e depois uma sobremesa, uma fruta. Aí o cara começa jogando e, daqui a pouco, tira a pera, a uva. Logo tira comida. Depois abandona a família, tá endividado, na sarjeta. Como perdeu tudo, mete uma bala na cabeça e se suicida”, resumiu.
Além da questão humana, outro fator colocam a bancada evangélica contra a legalização dos jogos de azar: lavagem de dinheiro oriundo de corrupção, tráfico de drogas e outros crimes.
O assunto voltou à baila na política nacional após os deputados do “centrão” passarem a pressionar o presidente Jair Bolsonaro a apoiar um projeto de lei que regule a atuação de cassinos no Brasil.
Questionado, Bolsonaro teria condicionado esse apoio a uma manifestação de aprovação da parte da bancada evangélica. Um dos principais entusiastas da volta dos jogos de azar é o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), que vem fazendo o papel de interlocutor junto aos deputados e senadores.