A situação dos cristãos que vivem em Alepo, na Síria, é de apreensão máxima desde a última sexta-feira, 29 de novembro, quando um grupo extremista tomou a cidade. Para piorar, o exército sírio bombardeou uma área da cidade como parte da tentativa de retomar o controle a atingiu uma igreja.
Os extremistas do Hayat Tahrir al-Sham (HTS) tomaram o controle de Alepo e agora há uma verdadeira guerra em andamento, já que o exército da Síria – aliado do ditador Bashar al-Assad – está contra-atacando para recuperar a importante cidade no norte do país.
O bombardeio do exército atingiu um complexo conhecido como Terra Santa College, que inclui instalações diversas, incluindo uma igreja. Os responsáveis pelo prédio informaram que durante o bombardeio no domingo, 01 de dezembro, ninguém ficou ferido:
“No dia 1º de dezembro uma bomba caiu no complexo franciscano do Terra Santa College. Graças a Deus, não houve vítimas fatais ou feridos, apenas o prédio foi danificado”, disseram os responsáveis em uma publicação.
De acordo com a Missão Portas Abertas, todas as pessoas da igreja estão bem, embora toda a população civil de Alepo esteja cada vez com mais temerosa com o conflito, que pode ganhar escalas muito maiores.
“Junte-se a nós em oração pela paz na Síria, martirizada por longos anos de guerra e violência. A Palavra de Deus deste primeiro domingo do Advento nos convida a manter viva a esperança de uma perspectiva de paz. Vamos aceitar esta exortação e orar para que ela seja alcançada para nossos irmãos e irmãs sírios”, acrescentaram os responsáveis pelo Terra Santa College.
A Portas Abertas destacou que ao longo dos primeiros anos da guerra civil síria “o Terra Santa College serviu como abrigo para algumas pessoas deslocadas e agora se tornou um centro de apoio psicológico, atividades recreativas, distribuição de ajuda humanitária, bem como cuidados espirituais”.
Um missionário local relatou que “ninguém sabe o que significa a tomada de Alepo” em termos de consequências futuras: “Alguns cristãos ainda estão tentando fugir, mas agora não conseguem devido à falta de transporte ou porque a maioria das estradas estão fechadas”,
Já outros cristãos “estão convencidos de que ficar é a melhor opção, como fizeram há 13 anos, quando a guerra na Síria começou”, como forma de minimizar o impacto do conflito em suas vidas: “Um cristão em Alepo me disse esta manhã: ‘Vou trabalhar como sempre’”, acrescentou o missionário não identificado por razões óbvias de segurança.