A federação inglesa de futebol estuda punir o jogador Marc Guéhi por escrever “eu amo Jesus” na braçadeira de capitão de seu time, Crystal Palace. Curiosamente, a braçadeira carrega as cores do arco-íris, símbolo usado pelo movimento LGBT+.
O zagueiro Marc Guéhi recebeu uma advertência da Associação de Futebol (FA) depois de escrever a declaração de amor a Jesus e usa-la em uma partida da Premier League. A entidade interpretou que tratava-se de uma violação de regras que proíbem manifestações políticas, religiosas ou pessoais.
No entanto, a braçadeira com alusão ao movimento LGBT+ é vista pela mesma entidade como “um símbolo de respeito e tolerância”, embora esteja evidente em todo o mundo ocidental que trata-se de um grupo de atuação política e cultural.
De acordo com o portal Faithwire, as regras da FA permitem “slogans/emblemas de iniciativa promovendo o jogo de futebol, respeito e integridade”, mas proíbem os jogadores de usar roupas ou equipamentos que exibam “slogans, declarações ou imagens políticas, religiosas ou pessoais”.
A FA notificou Guéhi e Crystal Palace de suas responsabilidades como atleta e equipe, respectivamente, mas nesse primeiro momento nenhum dos dois enfrentará qualquer ação formal pela braçadeira em questão.
Um porta-voz da FA disse em um comunicado que nenhuma advertência oficial foi dada: “Marc Guehi não recebeu uma advertência oficial nossa”, disse o representante da FA. “Entramos em contato com o Crystal Palace para lembrá-los formalmente e a Marc Guehi que a aparência ou incorporação em qualquer item de vestuário, chuteiras de futebol ou outro equipamento de qualquer mensagem religiosa é proibida, conforme declarado na Regra A4 de nossos regulamentos de kit e publicidade”, declarou.
Essa não é a primeira vez que a braçadeira com alusão ao movimento LGBT+ causa problemas entre jogadores que atuam na Inglaterra. O jogador Sam Morsy, capitão do Ipswich Town, é muçulmano e se recusou a usa-la por motivos religiosos.
Em resposta, a FA disse que a escolha de Morsy era uma questão para o time decidir, acrescentando que ele não enfrentaria nenhuma punição por sua escolha. O clube, por sua vez, disse que “está comprometido em ser um clube totalmente inclusivo que acolhe a todos”, observando que respeita a decisão de Morsy “devido às suas crenças religiosas”.
A repercussão do caso no Brasil motivou a vereadora evangélica Sonaira Fernandes (PL-SP) a comentar que há um jogo de palavras e regras convenientes que censuram os cristãos na vida em sociedade:
“A Europa está esquecendo que é cristã? A Federação Inglesa mistura política com futebol, impõe isso para os jogadores e não aceita quando eles, sem ofender a ninguém, expressam a sua fé. Cabe pontuar que, na Europa, jogadores de outras religiões já demonstraram rejeição aos símbolos LGBT e não sofreram perseguição. Não estamos exagerando quando dizemos que vivemos tempos de cristofobia!”, publicou nas redes sociais.
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