Nos últimos dias foram noticiadas pela imprensa o caso das passagens aéreas para artistas gospel cedidas pelo deputado Robson Rodovalho (DEM-DF), líder da Igreja Sara a Nossa Terra, através da cota cedida na Câmara. A notícia saiu citando nomes como o Oficina G3 e DJ Alpiste.
Confira a nota oficial soltada pela assessoria de imprensa do DJ Alpiste:
“O rapper Dj Alpiste, através de sua assessoria de imprensa, vem esclarecer a todos os veículos de comunicação que em momento algum teve conhecimento que o dinheiro destinado às passagens aéreas para o evento “Desperta, Brasília”, em 2007, teve origem em verba da Câmara dos Deputados. Todos os shows são negociados diretamente com os produtores do evento, que são responsáveis pelo pagamento e envio das passagens aéreas, vaucher de hotel e demais despesas operacionais.”
Abaixo você confere o que a assessoria de imprensa do Oficina G3 divulgou:
“O Oficina G3 vem a público esclarecer que o grupo não tinha qualquer conhecimento de que as passagens cedidas para a banda na ocasião do evento “Desperta, Brasília”, em 31 de agosto de 2007, eram da cota parlamentar do deputado Rodovalho (DEM-DF). A relação do grupo com o deputado e fundador da igreja Sara Nossa Terra, de Brasília, é a mesma que com vários líderes de diversas denominações ao redor do Brasil.
Confira a íntegra da nota enviada ao jornalista Eduardo Militão, do site Congresso em Foco, por Ivan Miranda, empresário do grupo:
Como em todos os eventos que participamos, eu peço um valor de cachê, passagens aéreas, hospedagem e alimentação para a banda. Não tinha conhecimento de serem bilhetes de cota parlamentar, pois eu trato o evento diretamente com o produtor da cidade e ele providencia o envio do etickets, vaucher de hotel, etc. É o produtor que providencia tambem a sonorização e iluminação do evento e arca com os custos para a realização do mesmo. A nossa relação com o deputado Robson Rodovalho é a mesma que com outros lideres de demoninações cristã evangélicas. Por ele ser bispo da Igreja Sara Nossa Terra, assim como Pr. Jabes da Alencar da Igreja Assembléia de Deus do Bom Retiro, Pr Palharim, da Igreja Paz e Vida, Pr. Carlos Alberto Bezerra da Comundade da Graça ,etc. Temos relacionamento também com irmãos da Igreja Católica que sempre nos comvidam para eventos em SP. Finalmente a negociação para tocar no Desperta Braslia foi feita diretamente com o produtor do evento, como faço com todos os eventos de que participamos conforme citei acima.
Em nota, o deputado Rodovalho disse que, mesmo com a cota tendo sido usada estritamente dentro da lei, já devolveu as despesas com passagens aéreas desde que assumiu o mandato, em janeiro de 2007, até tornar-se secretário do Trabalho, em abril de 2008.
O “Desperta, Brasília” foi um evento beneficente, com renda e arrecadação de alimentos destinado a famílias carentes. Confira parte do esclarecimento prestado hoje, pelo deputado, ao público e a imprensa:
As passagens aéreas da cota de seu gabinete parlamentar sempre foram usadas dentro da forma estabelecida pela Mesa Diretora da Câmara Federal e no exercício do mandato e a serviço das Comissões e das Frentes das quais o Deputado participa e coordena: Frente da Família, Frente Parlamentar Evangélica, Comissão do Meio Ambiente, Comissão de Seguridade Social e Família, Comissão de Constituição e Justiça, e Comissão de Minas e Energia.
Os eventos – marchas, seminários e shows – foram realizados para a propagação dos princípios e valores de consciência da família, inclusive o citado II Desperta Brasília, prática até então utilizada como forma democrática de participação popular e formação de cidadania pelos mais diversos segmentos sociais representados no Congresso Nacional.
O Oficina G3 não tem conhecimento da origem das passagens em todos os eventos que faz. Por um motivo simples: não cabe a banda investigar o contratante e tampouco é esta a nossa função. Fazemos dezenas de shows ao redor do país. Aliás, em todo o mundo do showbizz, no Brasil ou exterior, nenhuma banda, gospel ou não, investiga a origem da passagem fornecida para a realização do evento. Da mesma forma que, por exemplo, um jornalista convidado por uma empresa X para realizar uma reportagem em outro estado ou cidade, com viagem e estadia paga pela empresa, não investiga quem, de fato, custeou este deslocamento.
Procurado pelo jornalista Eduardo Militão, do Congresso em Foco, o Oficina G3 respondeu todas as dúvidas levantadas com a maior rapidez possível, colocando-se a disposição para quaisquer outros questionamentos.
A banda reitera, por fim, que não foi privilegiada em nenhuma frente e sempre pratica todos os seus contratos , com as atividades de responsabilidade dela, rigorosamente dentro da lei.
Atenciosamente,
Equipe Oficina G3