Uma empresa ligada à Igreja Assembleia de Deus recebeu autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) para dar início às atividades como operadora de celular.
A Alô Serviços de Telefonia Móvel vai usar a rede da operadora Vivo e chama a atenção do mercado pela possibilidade de abocanhar uma grande fatia do mercado devido às características do público-alvo, formado essencialmente por fiéis.
O jornal Valor Econômico retratou o rebanho assembleiano como uma “nação com 18 milhões de habitantes, cem anos de história, organizada sob uma forte liderança, com 40 mil pontos de encontro, sendo cinco mil nas duas principais cidades, e cuja população cresce num ritmo médio anualizado de 9% há 25 anos”.
A operadora de celular da Assembleia de Deus irá atuar como uma operadora virtual de telefonia móvel (MVNO, na sigla em inglês), usando a estrutura física da Vivo. Com licença de credenciada, a operadora poderá revender chips e agregar serviços à assinatura de um plano de telefonia, como envio de SMS com mensagens cristãs e programas de fidelidade.
O executivo Ricardo Knoepfelmacher, que foi presidente da Brasil Telecom, é o responsável pela engenharia do negócio, de acordo com informações do site Convergência Digital. O consultor Raul Aguirre, com anos de experiência no ramo, também integra o negócio.
A iniciativa partiu da dupla de profissionais, que em um acordo com a direção da Assembleia de Deus conseguiu autorização da denominação para usar seu nome. A proposta é que, no primeiro ano, a empresa atraia 1,2 milhão de novos clientes, oferecendo chips no valor entre R$ 8,00 e R$ 10,00.
Porém, a expectativa é que ao longo do tempo, a maior parte dos 18 milhões de fiéis da Assembleia de Deus estejam usando os serviços da empresa. Parte dos valores arrecadados ficará com a denominação.