Os cristãos no Iraque exilados de suas cidades estariam treinando técnicas de guerrilha para combater os militantes do Estado Islâmico que os expulsaram de suas terras meses atrás.
De acordo com o The Wall Street Journal, aproximadamente dois mil jovens cristãos aderiram à milícia, que ocupou uma antiga base militar dos Estados Unidos e tem usado o local como campo de treinamento.
O “exército cristão” enfrenta uma variedade de deficiências, tais como poucas armas e falta de recursos financeiros para uniformizar, alimentar e organizar os voluntários. A esperança dos líderes da milícia é que o governo dos Estados Unidos financie a operação.
A expectativa se dá porque recentemente, uma medida adotada pelos norte-americanos destinou US$ 1,6 milhão para treinamento e armamento de combatentes contra o Estado Islâmico.
De acordo com a legislação, o dinheiro será destinado às “forças locais que se comprometem a proteger as comunidades étnicas e religiosas minoritárias altamente vulneráveis na planície de Nínive e em outros lugares”, informou o jornal.
Um soldado da milícia chamado Fadi, de apenas 19 anos, afirmou que o desejo de retornar à terra natal e retomar a vida interrompida pelos terroristas do Estado Islâmico é a principal motivação para pegar em armas: “Estou animado para retomar nossas aldeias, mas a única maneira de fazer isso e proteger o nosso povo é tomando as armas e lutando”, resumiu.
O Estado Islâmico tem como objetivo aniquilar os cristãos e judeus do Oriente Médio, assim como ocupar os governos dos países da região para formar um califado, uma espécie de governança comum a todas as nações com maioria muçulmana, com as leis civis sendo baseadas na doutrina religiosa, chamada de sharia. Há poucas semanas o porta-voz do Estado Islâmico convocou todos os muçulmanos a perseguirem os cristãos no mundo todo e fazer os seguidores de Jesus Cristo viverem sob medo.