A igreja Assembleia de Deus Nova Aliança, do Ministério Santa Cruz (MT), moveu uma ação na Justiça contra a Assembleia de Deus Nova Aliança do Brasil (ADNA-BR) para desvincular sua imagem da denominação após a deflagração de uma operação do Ministério Público que apura um caso de corrupção.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) iniciou a Operação ADNA, que levou a uma ação criminal contra o prefeito de Campo Grande (MS), Gilmar Olarte (PP), que é pastor da ADNA-BR.
A partir disso, a Assembleia do Ministério Santa Cruz pediu que a ADNA-BR “se abstenha imediatamente de usar a marca e o logotipo” formado por duas alianças entrelaçadas, de acordo com texto da ação.
A ideia do Ministério Santa Cruz é desvincular sua imagem da ADNA-BR e impedir que o escândalo de corrupção envolvendo a denominação co-irmã respingue em sua imagem junto à sociedade.
A igreja mato-grossense pede que a Justiça de Campo Grande obrigue a denominação dirigida por Olarte a indenize para reparar danos causados, “em valor a ser fixado” pela Justiça.
De acordo com informações do MidiaMax, Olarte foi membro da Assembleia de Deus Nova Aliança Ministério Santa Cruz entre 2006 e 2009, mas deixou a denominação por “problemas” que surgiram quando ele “passou a adotar entendimentos e condutas inadmissíveis segundo os parâmetros concebidos” pela igreja.
Quando se desligou do Ministério Santa Cruz, Olarte pediu autorização para continuar usando a logomarca na denominação que ele fundaria, mas a resposta foi negativa.
Mesmo assim, o pastor/prefeito usou: “A ré persistiu na prática da conduta ilícita, fato esse que se agravou com a deflagração da ‘Operação Adna’ do Gaeco de Mato Grosso do Sul”, diz a igreja autora da ação, que diz deter o registro oficial da marca no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).