Militantes do grupo extremista islâmico Al-Shabab assassinaram 28 pessoas em um ônibus no Quênia. Todas as vítimas eram cristãos que viajavam com destino a Nairóbi, capital do país.
De acordo com as autoridades locais, o ônibus foi parado na região de Mandera, próximo à fronteira com a Somália, e os extremistas muçulmanos mataram, com um tiro na cabeça, todos que não conseguiram recitar preces do alcorão, o livro sagrado do islamismo.
A Cruz Vermelha informou que o ônibus transportava 60 passageiros, e dos 28 que foram mortos, 19 eram homens e nove, mulheres. A BBC informou que um assessor do presidente do Quênia considerou o ataque ao ônibus um “crime atroz”.
Abdikadir Mohammed disse que o ataque tinha a intenção de dar início a uma guerra religiosa no país, e pediu que os cidadãos de todas as religiões se unissem contra a proposta de barbárie dos extremistas.
“O objetivo foi criar um conflito entre os muçulmanos e os não-muçulmanos nesse país. O objetivo é criar uma guerra religiosa no Quênia”, disse o assessor do presidente do Quênia. “Mas muitos nos líderes muçulmanos vieram aqui hoje [sábado] e nós condenamos nos mais fortes termos esse crime atroz. E pedimos para que os quenianos de todas as crenças e religiões para se manterem unidos contra esses criminosos”, acrescentou. A Polícia da região afirmou que está trabalhando para identificar os criminosos e eles serão presos e julgados.
Um dos sobreviventes do atentado, Ahmed Mahat, disse que o motorista do ônibus tentou acelerar para fugir dos extremistas, porém o veículo ficou atolado na lama da estrada. O Al-Shabab é um grupo extremista da Somália, que tem ligações com a rede Al Qaeda, e vem realizando uma série de ataques contra cristãos no Quênia desde 2011.