Um atentado suicida contra uma igreja católica na cidade de Bauchi, norte da Nigéria, no domingo (23) matou uma mulher e uma criança e dezenas de pessoas feridas. O terrorista morreu quando detonou um carro carregado de explosivos na entrada da igreja Católica de Saint John.
Jornalistas foram impedidos de se aproximar pela polícia, que cercou o local. O vice-comissário de política, T. Stevens, disse que nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque. Os últimos ataques a igrejas, porém, foram realizados pelo grupo terrorista Boko Haram, segundo a AP.
Segundo um porta-voz da polícia local, caso o homem-bomba tivesse entrado no edifício, a situação poderia ser mais dramática. “Quando o homem-bomba escolheu como alvo a igreja, foi impedido de entrar devido a certas proteções, e em vez disso detonou seu explosivos no estacionamento”, disse, segundo o Terra.
O atentado acontece dias depois da Força de Ação Conjunta (JTF) do Exercito da Nigéria ter anunciado a morte de dois líderes da seita radical em Maiduguri, localidade sede da Boko Haram. A Boko Haram quer impor a lei islâmica no pais africano; seu nome significa no idioma local “a educação não islâmica é pecado”.
Os radicais tem realizados muitos atentados terroristas desde que a policia nigeriana matou em 2009 o líder Mohammed Yousef. Segundo dados da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch já foram abatidas mais de 1,4 mil pessoas nos ataques.
A Nigéria tem uma população de 170 milhões de pessoas divididos em mais de 200 grupos tribais. Considerado o país mais populoso da África, sofre diversas tensões por profundas diferenças religiosas, políticas e territoriais.
Por Jussara Teixeira para o Gospel+