O humorista Fábio Porchat, um dos que mais produzem roteiros com zombarias à religião, criticou a presença de conceitos religiosos nos debates da sociedade, classificando-os como um “atraso”.
A declaração foi feita durante uma entrevista concedida à revista Playboy: “Você não discute nada por causa da religião! Não discute nem droga direito, pelo amor de Deus! Da homossexualidade você não pode falar, não pode falar sobre casamento gay. Olha o atraso!”, disse o humorista.
Porchat ainda se manifestou a favor da legalização do aborto, e ironizou a postura de quem é contra: “Parece que toda mulher vai ter que abortar, que o aborto vai ser obrigatório. Você vai chegar grávida e o médico vai falar: ‘vixe, senhora, não vai ter jeito. Vai ter que abortar’”.
Para ele, que é ateu, os ensinamentos religiosos não passam de lendas que seriam usadas para nortear as sociedades no passado. Na entrevista, Porchat deixou uma pista dos motivos que o levam a usar o tema frequentemente em seus roteiros no Porta dos Fundos: “Para mim tudo isso [as religiões] é uma junção de coisas, de lendas e de histórias, que eram uma forma de ensinar as pessoas. E são lendas bacanas”, disse.
Negando que seja homossexual, o humorista aproveitou para fazer piada com o assunto: “Você já reparou que de quem é gay mesmo as pessoas não falam? Eu nunca vi um boato dizendo que o Marco Nanini era gay, ou um rumor falando que o Luiz Fernando Guimarães é gay. De quem é gay mesmo as pessoas não falam. Acho isso curioso…”, comentou.
Por outro lado, disse também que não faz sucesso com as mulheres solteiras: “A realidade é que ninguém quer dar para o comediante, ele é o amigão que te conta uma piada. Você pode ver que, depois do espetáculo, fica muita mulher para tirar foto, mas é mulher casada que veio com o marido”, concluiu.