O “ateu mais famoso do mundo” criticou os formadores de opinião da sociedade e a grande mídia por sua tendência em criticar o cristianismo e omitir as barbáries feitas por terroristas em nome do islamismo.
Richard Dawkins participaria de um evento em Berkeley, na Califórnia (EUA), mas os organizadores cancelaram o encontro por considerarem que o biólogo promove um “discurso de ódio” contra muçulmanos.
O portal cristão Gospel Herald noticiou que Dawkins iria ministrar uma palestra no evento, no próximo mês de agosto, mas a emissora de rádio que organizava o evento considerou seus comentários recentes sobre o islamismo como “abusivos”.
Diante disso, o ateu ironizou os organizadores da palestra: “Eu sou conhecido como um crítico do cristianismo e nunca foi rejeitado por isso. Por que vocês dão um passe livre ao islamismo? Por que é bom criticar o cristianismo, mas não o islamismo?”, questionou.
A emissora de rádio alegou, no comunicado, que ativistas muçulmanos haviam criticado a iniciativa de convidar um “islamofóbico”, por causa de uma série de tweets de Dawkins em que ele classifica o islamismo como “a maior força do mal no mundo atual”.
Outro ponto usado como justificativa para retirar o convite a Dawkins foi um artigo que ele publicou recentemente no jornal Telegraph, em que afirmou que “se você olhar para o impacto real que as diferentes religiões têm no mundo é bastante evidente que, atualmente, a religião mais má do mundo é o Islã”.
“Eu critiquei a terrível misoginia e a homofobia do Islã, critiquei o assassinato de apóstatas por nenhum crime além da descrença. Longe de atacar os muçulmanos. Eu entendo que os próprios muçulmanos são as principais vítimas das crueldades opressivas do islamismo, especialmente as mulheres muçulmanas”, defendeu-se Dawkins.
Antes, Dawkins já havia questionado porque a mídia liberal está sempre disposta a ser hostil com o cristianismo, mas simpática ao islamismo, mesmo com todos esses pontos sendo de conhecimento público: “A esquerda regressiva se torna traiçoeira, ignorando a misoginia e a homofobia, porque pensam que o Islã deve ser respeitado ‘como uma raça’”, escreveu ele em 2015.
Em 2016, quando extremistas muçulmanos mataram 70 cristãos paquistaneses em um domingo de Páscoa, na cidade de Lahore, a mídia se apressou em dizer que o ato não tinha motivação religiosa. Novamente, Dawkins foi irônico: “Nós realizamos esse ataque para atingir os cristãos que estavam comemorando Páscoa. Nada a ver com a religião, então”, escreveu.