Um grupo de ativistas gays iniciou uma campanha de boicote ao Exército da Salvação, uma das maiores instituições de caridade do mundo, e segue uma linha de orientação cristã.
O movimento contra o Exército da Salvação foi iniciado nos Estados Unidos, pelo ativista Rick Garcia através da página The Civil Rights Agenda, no Facebook, sob o argumento de que os valores doados estariam sendo usados para políticas anti-gay.
Segundo Garcia, que é o conselheiro sênior do grupo ativista homossexual Civil Rights Agenda, “é louvável que se atenda um gay ou lésbica que precisa de ajuda com alimentos, habitação ou vestuário, mas você não pode alimentá-los e depois apunhalá-los pelas costas”. Segundo o ativista, uma ajuda humanitária a um homossexual não pode partir de uma entidade contrária às práticas homossexuais.
A direção do Exército da Salvação em Chicago afirma que tem sido alvo de críticas por sua postura teológica a respeito da homossexualidade, e grupos gays afirmam que existe discriminação em abrigos da entidade.
O tenente-coronel Ralph Bukiewicz, comandante da Divisão do Exército da Salvação Metropolitana de Chicago, afirmou que “a maioria das manifestações alimentando essas preocupações é baseada em informações falsas ou incompletas. Mas a cada ano as polêmicas voltam à tona e são repercutidas”.
As campanhas contra o Exército da Salvação já ocorrem há pelo menos seis anos, e aumentam nas temporadas de divulgação das necessidades da entidade. Há um milhão instituições de caridade nos Estados Unidos, e esse número continua crescendo nos últimos anos, mas o nível de doações não manteve o ritmo. Então, na verdade, você tem mais instituições de caridade que lutam para obter os mesmos recursos”, afirmou Sandra Miniutti, representante da entidade Charity Navigator, um grupo de vigilância que visa a proteção das entidades de caridade.
O site Chicago Tribune se referiu ao Exército da Salvação como “uma grande igreja” e que no último ano, serviu quase dois milhões de refeições e abrigou mais de 1.200 pessoas por noite, somente na cidade de Chicago.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+