O pastor Marco Feliciano continua sendo alvo de protestos por causa da sua permanência na Comissão de Direitos Humanos. As manifestações, em sua maioria liderada por ativistas gays, acontecem inclusive em igrejas pelas quais Feliciano passa.
Parte dos protestos contra o parlamentar, uma foto que mostra duas mulheres se beijando dentro de uma igreja evangélica em Belém durante uma visita do deputado tem causado polêmica entre apoiadores e críticos do parlamentar.
A foto, que começou a circular nas redes sociais no domingo, foi tirada no interior Centro de Convenções no final da pregação do pastor Marco Feliciano, quando os repórteres invadiram a frente do palco para fotografias.
Apoiadores de Feliciano manifestaram indignação com o beijo homossexual dentro da igreja, classificado por eles como um ato de desrespeito.
– Vejam o absurdo, os ativistas gays realmente não merecem nenhum respeito! O local de culto é protegido por nossa constituição federal, mesmo assim eles não respeitam… estamos em guerra! – escreveu um apoiador do pastor ao republicar a imagem, segundo o Terra.
Porém, a imagem motivou também novas declarações contra Marco Feliciano, sendo republicada também como forma de protesto contra o deputado.
– Parabéns às duas garotas que foram lá demostrar o amor que uma sente pela outra, que é o mesmo que Jesus prega em toda a Bíblia, não o ódio que é pregado por alguns, como Feliciano – escreveu um crítico do parlamentar.
Feliciano foi criticado também pelo grupo Aliança Cristã Evangélica, que emitiu nota repudiando as declarações feitas pelo deputado, sobretudo suas interpretações teológicas acerca do continente africano.
– Vem a público para repudiar o uso inadequado das Escrituras Sagradas, a Bíblia, juntamente com as interpretações e afirmações daí decorrentes, especificamente as feitas quanto a supostas maldições existentes sobre africanos e negros. Afirmações desta natureza são fruto de leitura mal feita de parágrafos bíblicos, tomados fora do seu contexto literário e teológico, que acabam por colaborar com os interesses de justificar pensamentos e práticas abusivas, contrárias ao espírito da Palavra de Deus, cujo foco está na Justiça, na Libertação e na promoção da Vida e Dignidade Humana – diz a nota.
Essa semana, o deputado ainda prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), negando ter cometido estelionato contra uma produtora de eventos do Rio Grande do Sul. Ele foi acusado de ter recebido R$ 13,3 mil (em valores atualizados) para participar de evento religioso em 2008 e não ter comparecido.
Por Dan Martins, para o Gospel+