A educação sexual, no Brasil, sempre foi um tema alvo de muito debate no Congresso Nacional, tendo de um lado os políticos conservadores, em sua maioria cristãos, como o pastor Marco Feliciano, contrário à proposta, e do outro os políticos de esquerda, favoráveis ao ensino da sexualidade em sala de aula.
Boa parte dos pais não concordam com a educação sexual nas escolas, porque registros que já viralizaram nos últimos anos mostram que a disciplina passou a ser utilizada por alguns professores como uma ferramenta de propaganda da agenda LGBT+, da legalização do aborto como “direito reprodutivo” e etc.
Isto é, os críticos argumentam que a educação sexual, atualmente, não é abordada como antigamente, onde o conteúdo era restrito ao ensino, por exemplo, dos aparelhos reprodutor masculino e feminino, respectivamente, período gestacional e, no máximo, métodos de prevenção contra doenças infecciosas.
Para o pastor e deputado federal Marco Feliciano, por exemplo, a proposta atual do governo Lula faz parte dos “projetos odiosos de desestruturação da família tradicional”, cujo propósito é “abalar as estruturas sociais, familiares e educacionais.”
Segundo o parlamentar, a sociedade brasileira já deixou claro em sua maioria que é contra a educação sexual nas escolas. “Qualquer pessoa medianamente informada, das verdadeiras intenções das esquerdas, abomina o que vem a ser o preâmbulo da ideologia de gênero, da degeneração dos costumes, com o advento do sexo livre”, diz o pastor.
Papel da família
Em seu artigo para o Pleno News, Marco Feliciano lembra que muitos pais entendem que a educação sexual deve ser dada pela família, em casa, já que o tema é carregado de muitas questões, também, de ordem moral.
“Essa matéria já foi discutida em tempos recentes, por pais de alunos que encarecidamente pediram que o governo deixe, que nesse quesito, eles mesmos educarão seus filhos em casa, seguindo suas tradições judaico-cristãs”, explica o pastor.
“Questiono: por que com a mesma caneta que extinguem as Escolas Cívico-Militares, de tanto sucesso na formação de nossas crianças e adolescentes, agora se movimentam para mais um capítulo triste de ideologização de nossa juventude, de maioria cristã?”,
Em nota, o Ministério da Saúde, pasta responsável pela proposta, diz que até 25 milhões de alunos poderão receber o ensino sobre sexualidade nas escolas. O documento faz referência à “saúde sexual e reprodutiva”, algo comumentemente utilizado por grupos progressistas para se referir à defesa do aborto legalizado.
“Com a iniciativa, o Governo Federal amplia políticas que não foram abordadas pela gestão anterior, retomando temáticas como prevenção de violências e acidentes, promoção da cultura de paz e direitos humanos, saúde sexual e reprodutiva, além de prevenção de HIV/IST nas escolas”, diz a nota.